Governo de
Moçambique e Renamo passam à "fase seguinte" das negociações
28 de Maio de 2013,
07:41
Maputo, 28 mai
(Lusa) - O Governo de Moçambique e a Renamo, principal partido da oposição,
anunciaram ter ultrapassado a primeira fase das negociações, para superar a
crise política no país, e deram um prazo de um mês para concluir a discussão.
No final da quarta
ronda de negociações, na segunda-feira, em Maputo, José Pacheco, chefe da
delegação governamental, declarou ultrapassadas as questões prévias levantadas
pela Renamo.
O partido exigia a
libertação de 15 membros do partido, a retirada dos polícias da Força de
Intervenção Rápida da área onde se encontra o líder do partido, na Gorongosa, e
na sua sede de Nampula, e a presença de observadores internacionais nas
negociações com o Governo.
Destas
reivindicações, apenas se conhece a libertação de 13 homens da Renamo, do
conjunto de 15 que foram detidos pelo envolvimento num confronto armado, em
março, em Muxúngué, centro do país, de que resultou a morte de quatro polícias
e de um ex-guerrilheiro.
Com este
desbloqueamento, as duas partes deverão iniciar negociações sobre a lei
eleitoral, assuntos económicos, despartidarização do Estado e defesa e
segurança, prometendo que ficam concluídas dentro de um mês.
O chefe da
delegação da Renamo, Saimone Macuiana, referiu que esse prazo é
"indicativo" e manifestou otimismo sobre um desfecho com resultados
das negociações com o Governo.
LAS // MLL
Renamo ameaça
recorrer à força para retirar a polícia de sede no norte de Moçambique
28 de Maio de 2013,
08:16
Nampula,
Moçambique, 28 mai (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição em
Moçambique, considerou "esgotadas" todas as tentativas de
recuperação, "por via pacífica", da sua sede em Nampula, norte de
Moçambique, ocupada pela polícia desde 08 de marco de 2012.
Volvidos cerca de
quinze meses de um confronto armado entre agentes da Força de Intervenção
Rápida (FIR) e ex-guerrilheiros da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana),
as instalações onde funcionava a sede do partido, e onde, na altura, se encontravam
acomodados militantes, alguns dos quais fortemente armados, continua ocupada
pela polícia.
Em declarações à
Lusa, na segunda-feira, Armindo Melaco, chefe nacional de Mobilização da
Renamo, disse não haver alternativa senão recorrer à violência para recuperar a
sede do partido.
Sem comentários:
Enviar um comentário