PMA – PJA - Lusa
Maputo, 17 mai
(Lusa) - A Assembleia da República de Moçambique elegeu quinta-feira os três
membros da sociedade civil que vão integrar a Comissão Nacional de Eleições
(CNE), numa votação boicotada pela principal bancada da oposição, Renamo
(Resistência Nacional de Moçambique).
De acordo com a lei
eleitoral moçambicana, um dos três membros da sociedade civil será eleito
presidente da CNE pelo plenário do mesmo, composto por 13 pessoas.
A lista final dos
candidatos da sociedade civil à CNE era constituída por 16 figuras, mas apenas
Abdul Carimo, um xeque muçulmano, Rabia Valigy, da ONG Organização Luta contra
a Pobreza, e Paulo Cuinica, consultor de ONGs, conseguiram votação suficiente
para integrar o órgão.
Por ter conseguido
o maior número de votos, 159 do total de 175 possíveis na sessão, Abdul Carimo
perfila-se como o potencial vencedor da eleição à presidência da CNE.
As três figuras vão
juntar-se aos 11 membros já escolhidos para a mais importante entidade
eleitoral do país, dos quais oito foram indicados pelos partidos políticos com
assento parlamentar e dois pelas magistraturas judicial e do Ministério
Público.
A Frelimo indicou cinco
membros, a Renamo, dois, e o MDM, um, mas o principal partido da oposição, que
tem 51 dos 250 deputados, boicotou a eleição dos membros da sociedade civil à
CNE, mantendo a decisão de não integrar o órgão, enquanto a sua exigência de
que os órgãos eleitorais sejam compostos em exclusivo por nomeados pelos
partidos e em paridade.
Caso a exigência de
uma representação paritária na CNE não seja atendida, o principal partido da
oposição ameaça impedir a realização das eleições municipais de novembro próximo
e gerais (presidenciais e legislativas) de 2014.
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