Nuno Cerqueira –
Jornal de Notícias
"A coligação é
um fator de instabilidade", afirma Manuel Alegre. À margem da apresentação
do livro "Tudo é e Não é", ao final desta tarde de terça-feira em
Braga, o ex-candidato à Presidência da República escusou-se a tecer comentários
sobre a reunião do Conselho de Estado e considerou que "é preciso dar voz
ao povo".
"Para além da
crise financeira, económica e ética, há uma crise política dentro da coligação.
A coligação é neste momento um fator de instabilidade. Ou seja, há mais que
razões para que se dê a voz ao povo", defendeu Manuel Alegre.
Para o ex-candidato
à Presidência da República, "ninguém quer assumir a austeridade".
"Já nem a Merkel quer assumir e atribui o fracasso da austeridade à
Comissão Europeia. No momento em que as pessoas percebem que a austeridade não
está a dar resultados, em Portugal ameaçam-nos com mais austeridade",
criticou.
Manuel Alegre
considera o corte de pensões "um roubo". "E ainda vêm falar em
mais uma taxa que não se sabe que vai ser aplicada. Quando há um impasse
político, há uma solução: eleições", defendeu. "Não se pode invocar a
crise para evitar soluções democráticas", concluiu.
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