JAP – JPF - Lusa
O secretário-geral
do PCP classificou hoje como “um novo programa de terrorismo social” as novas
medidas de austeridade e defendeu “uma outra política” que é “inseparável da
demissão do Governo e da realização de eleições antecipadas”.
“O país precisa de
uma outra política que ponha fim à recessão e ao declínio económico, à
injustiça, ao empobrecimento e ao rumo de afundamento nacional, e que é
inseparável da demissão do Governo e da realização de eleições antecipadas”,
afirmou Jerónimo de Sousa, no Porto, durante o seu discurso na conferência
“Álvaro Cunhal – A organização e a luta dos trabalhadores”.
Segundo o
secretário-geral do PCP, “o conjunto de medidas devastadoras” anunciadas na
sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “ao contrário do que
se quer fazer crer, não são dirigidas especificamente aos trabalhadores da
administração pública e a todos os reformados”.
“A devastação das
medidas atingirá toda a atividade económica, a sobrevivência de milhares de
empresas, a vida de milhões de famílias. Medidas que são um passo mais em
direção ao abismo que é preciso travar”, sublinhou.
Jerónimo de Sousa
afirmou que, “mais do que nunca, aos olhos dos trabalhadores e do povo, está
mais clara a opção a fazer: ou derrotar e demitir este Governo, ou aceitar o
futuro de pobreza e de miséria a que Passos e Portas querem condenar o país”.
Para o comunista,
“está na hora” dos portugueses imporem “com a sua luta e o seu protesto o fim
deste caminho desgraçado”.
“Toda a evolução da
situação mostra que é necessário e urgente encontrar um novo caminho para
Portugal em rutura com a política de direita”, disse, considerando que esse
percurso faz-se com “o desenvolvimento da luta de massas”.
Jerónimo de Sousa
entende que as novas medidas de austeridade foram congeminadas “às escondidas
com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os restantes componentes da
‘troika’ estrangeira, sob a capa de uma intitulada reforma do Estado”.
Pedro Passos Coelho
anunciou “novos roubos aos reformados, um novo assalto aos direitos dos trabalhadores,
um passo mais na liquidação de diretos, novos e arrasadores cortes na saúde, na
proteção social e na educação, um ataque aos militares e forças de segurança”,
acrescentou.
Jerónimo disse
ainda que, “perante as políticas que se esboçam e os graves problemas sociais
que se avolumam, os tempos que aí vêm só podem ser tempos de ação e de luta”.
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