Marta Moutinho
Oliveira - Económico
A convergência da
CGA, os cortes na mobilidade e a nova taxa sobre pensões levantam dúvidas de
legalidade. Estas medidas poupam 1.300 milhões de euros.
O Governo anunciou
um conjunto de medidas de redução estrutural da despesa pública que vale 4,8
mil milhões de euros, mas quase 30% das soluções apresentadas pelo
primeiro-ministro correm o risco de ir parar ao Tribunal Constitucional (TC). O
Diário Económico sabe que as críticas em relação à nova austeridade levaram
Passos Coelho e Paulo Portas a garantir aos deputados da maioria que o Estado
não se deve demitir da sua responsabilidade social.
À medida que vão sendo conhecidos detalhes das propostas, cresce o coro de
vozes que levanta dúvidas sobre a legalidade das mesmas. Em causa estão, para
já, três alterações propostas pelo Executivo.Ofacto de o trabalhador colocado
em mobilidade perder o direito a receber salário ao fim de 18 meses é uma das
medidas que pode vir a ser analisada pelo TC. A questão foi levantada pelo PS.
O Governo prevê poupar 394 milhões de euros com os cortes na mobilidade e com
as rescisões com trabalhadores do Estado, que deverão permitir a saída de 30
mil funcionários. Tendo em conta que o exercício feito pelo Executivo assume,
como disse o secretário de Estado da Administração Pública, cerca de 15 mil
saídas por rescisões, as restantes 15 mil ficarão a dever-se aos cortes no
regime de mobilidade. Apesar de o Governo não ter divulgado como reparte a
poupança de 394 milhões de euros, pode assumir-se uma divisão idêntica. Ou
seja, admitir uma redução dos gastos a rondar os 200 milhões de euros.
Sem comentários:
Enviar um comentário