FP - JMR - Lusa
Bissau, 07 mai
(Lusa) - Uma reunião realizada hoje entre sindicatos dos professores e governo
da Guiné-Bissau foi inconclusiva e a greve no setor da Educação vai manter-se,
disse à Lusa um responsável sindical.
Os professores do
ensino público da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de 30 dias úteis, cujo
término vai coincidir com o final do ano letivo. Caso a greve seja cumprida na
totalidade o ano letivo deverá ser considerado inválido, visto que esta é a
terceira greve dos professores neste ano, que levaram a muitos dias de aulas
perdidos.
Governo e
sindicatos reuniram-se hoje mas segundo o presidente do Sindicato Nacional dos
Professores (Sinaprof), Luís Nancassa, a reunião foi inconclusiva porque
"os que representaram o governo não tinham nada para oferecer, foram lá só
para apelar ao bom senso dos sindicatos".
Os sindicatos
reivindicam o pagamento de oito meses de salários em atraso de professores que
são novos ingressos e professores que estiveram doentes, e sete meses de atraso
para professores em processo de efetivação, entre outras exigências.
Questionado sobre a
possibilidade de o ano letivo ser considerado nulo o sindicalista disse à Lusa
que a responsabilidade "é de quem deve sanear a situação".
"O governo tem
de pagar aos professores que deram aulas. Ninguém aguenta trabalhar oito meses
sem ganhar", disse o sindicalista, que ainda assim admitiu flexibilidade
nas reuniões com o governo.
Para quarta-feira
está marcada mais uma reunião entre sindicatos e governo.
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