terça-feira, 11 de junho de 2013

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE E RENAMO CONCLUEM RONDA NEGOCIAL SEM ACORDO

 

LAS – MLL - Lusa
 
O Governo de Moçambique e a Renamo, principal partido da oposição, concluíram a quinta ronda negocial na madrugada de hoje, sem alcançarem acordo sobre a legislação que regula os órgãos eleitorais.
 
O desacordo era previsível, com as duas partes entrincheiradas nas suas posições, numa reunião que começou às 09:00 (08:00, em Lisboa) de segunda-feira.
 
A Renamo pretende que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) seja exclusivamente formada por representantes de partidos, quatro por cada bancada parlamentar e dois por partidos extraparlamentares.
 
O Governo da Frelimo, que detém maioria absoluta no parlamento, defende a proposta já aprovada na Assembleia da República, com os votos também do MDM, terceiro partido, da CNE ser constituída por cinco representantes do partido no poder, dois da Renamo e um do MDM e, ainda, três da sociedade civil e dois do setor judiciário.
 
A Renamo contesta esta versão, alegando a "inexistência" da sociedade civil no país e que os seus representantes são elementos próximos da Frelimo.
 
A delegação governamental insiste que qualquer alteração à lei terá que passar pela Assembleia da República, enquanto a Renamo defende que as delegações têm legitimidade para alcançar um consenso sobre a questão.
 
O principal partido da oposição marcou para quarta-feira uma conferência de imprensa sobre os trabalhos, não sendo claro se as duas partes marcaram nova ronda negocial.
 

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