segunda-feira, 10 de junho de 2013

“MELHOR AMIGO” DE PORTUGAL É ANGOLA, secretário de Estado português

 

EL – SO - Lusa
 
Angola é o "melhor amigo" de Portugal e os investimentos angolanos, mais do que "bem-vindos", são "desejados", disse hoje, 10 de Junho, à Lusa em Luanda o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
 
Francisco Almeida Leite, que chegou hoje a Luanda para uma visita oficial de cinco dias a Angola, considerou que a sua deslocação visa ainda preparar a primeira cimeira bilateral, a realizar no segundo semestre.

"Vim a Angola para celebrar o Dia de Portugal e das Comunidades e que é também o Dia da língua portuguesa. Cada vez mais temos de dar atenção a este espaço comum, da língua e, obviamente, Angola, como um dos melhores amigos de Portugal, senão o melhor amigo, é um espaço onde nós queremos também potenciar esse que é o valor económico da língua", salientou.

Francisco Almeida Leite, no cargo desde abril deste ano, destacou as três dimensões, política, económica e de cooperação para o desenvolvimento.

"Em relação à dimensão política, é óbvio que o ponto principal na agenda será a tentativa de realizar a 1ª cimeira bilateral. Estamos a trabalhar dos dois lados e acho que há um ótimo ambiente para que finalmente se faça a cimeira bilateral, talvez no segundo semestre deste ano", frisou.

O governante português considerou ainda que as bases em que se apoia a relação entre Portugal e Angola devem ser avaliadas.

"Temos que pensar se é o melhor enquadramento neste momento. Nós temos a nossa relação sustentada num programa de cooperação, que se chama PIC, Programa Indicativo de Cooperação. Temos que ver se interessa manter isso ou não", adiantou.

Francisco Almeida Leite disse que tanto Angola como Portugal sentem que a "tradicional relação doador-recetor não faz muito sentido neste momento, dada a atual dimensão e pujança do Estado angolano".

A relação de cooperação luso-angolana, atualmente enquadrada pelo PIC, "deve evoluir para uma parceria estratégica entre Portugal e Angola".

"Essa parceria tem benefícios mútuos, mas tem que ser alvo de alguma reflexão e tem que ser alvo da atenção do novo paradigma da cooperação portuguesa", que, segundo Francisco Almeida Leite, "não pode estar desligada do setor privado".

"O Estado não pode atuar sozinho em países como Angola, que são países que têm ao mesmo tempo grandes necessidades e também grandes potencialidade", disse.

O governante português acrescentou que a visita oficial a Angola "tem também o objetivo de voltar a falar" no que considera ser "o ambiente muito favorável" à troca de investimentos.

"O investimento de Angola em Portugal é uma das matérias mais importantes que gostava de tratar aqui, de lhes dizer (aos responsáveis angolanos) que o investimento angolano não só é bem-vindo, como é desejado", afirmou.

Francisco Almeida Leite acredita que o cruzamento dos interesses económicos bilaterais consolida a relação política.
 

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