sábado, 8 de junho de 2013

Portugal: ÁLVARO CUNHAL É UMA AVENIDA DE LISBOA

 

TSF - foto Global Imagens/Paulo Spranger
 
Na freguesia do Lumiar há, a partir de hoje, uma avenida com o nome do histórico líder comunista português. Na cerimónia de inauguração, Jerónimo de Sousa lembrou o vasto legado de Álvaro Cunhal, enquanto o autarca António Costa apelou à «convergência».
 
Na cerimónia, que decorreu sob chuva fraca e foi acompanhada por dezenas de pessoas, estive presente a irmã do antigo líder do PCP, Eugénia Cunhal, que declarou estar comovida com a homenagem prestada ao seu irmão, falecido em 2005.
 
Também presentes estiveram o atual secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, entre outros dirigentes e militantes comunistas.
 
Depois de Jerónimo de Sousa ter enaltecido a vida e a obra de Álvaro Cunhal, numa tribuna instalada pela Câmara Municipal de Lisboa, António Costa referiu-se ao líder histórico do PCP de forma elogiosa, apontou-o como uma figura marcante do século XX português e um exemplo, a partir do qual fez um apelo à «convergência», sem identificar a quem se dirigia.
 
O autarca socialista considerou que o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal acontece num tempo difícil, que interpela, desafia e responsabiliza a todos.
 
«Este tempo exige a nossa intervenção e não a nossa indiferença, a nossa ação e não a nossa submissão, a nossa convergência no essencial e não a nossa divisão no acessório. Precisamos de ideias, de causas, de esperança e de confiança no futuro», afirmou.
 
«Penso que o melhor tributo que podemos prestar a Álvaro Cunhal é olhar para aquilo que na sua vida e na sua luta nos pode inspirar, unir e mobilizar. Falo no seu exemplo de seriedade pessoal, da coragem na adversidade, da audácia na ação, da capacidade de resistir e de persistir, da clareza nos propósitos e objetivos, da firmeza e da tenacidade na luta», acrescentou.
 
«Ao atribuir o nome de Álvaro Cunhal a uma avenida da nossa cidade, a Câmara Municipal de Lisboa cumpre a sua responsabilidade institucional na construção de uma memória coletiva aberta, plural, tolerante e atualizada», defendeu, acrescentando mais tarde que o líder histórico do PCP «era uma figura imprescindível no espaço público da cidade de Lisboa».
 
Por sua vez, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse que o «percurso de revolucionário corajoso e íntegro» de Álvaro Cunhal permanecerá na «memória coletiva como uma referência e uma fonte de inspiração para as gerações vindouras, guiadas pelos ideais da liberdade, da democracia, da justiça social, pela construção de uma sociedade nova liberta de todas as formas de opressão e da exploração».
 
No final da cerimónia, a banda do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa tocou "A Internacional".
 
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