sexta-feira, 7 de junho de 2013

Portugal: PROFESSORES INICIAM HOJE GREVE ÀS AVALIAÇÕES

 


Jornal i - Lusa
 
Em causa está a decisão de colocar os professores na mobilidade especial e o alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais
 
Os professores iniciam hoje, em dia de avaliação, um período de greve que termina no final da próxima semana, numa luta em que os alunos são usados como "alvos" pelos docentes e como "escudos" pelo Ministério.
 
No meio da guerra entre ministério da Educação e docentes, que ameaçam prolongar as greves, estão os alunos, que desconhecem ainda se serão avaliados e se vão conseguir realizar exames nacionais, uma vez que falharam todas as reuniões e tentativas de negociação, que só terminaram na noite de quinta-feira.
 
Em causa está a decisão de colocar os professores na mobilidade especial, que só será aplicada aos docentes em fevereiro de 2014, e o alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.
 
Os docentes temem que as medidas - definidas para toda a função pública e aprovadas em Conselho de Ministros na noite de quinta-feira, após o fracasso das negociações entre a tutela e os professores - sejam um caminho para o desemprego e por isso não desistiram das greves às avaliações, entre os dias 07 e 14 de junho, e da greve geral, que coincide com o primeiro exame nacional, a 17 de junho.
 
Sem conseguirem chegar a acordo, Ministério e sindicados começaram uma guerra de palavras: o Ministro da Educação, Nuno Crato, acusou os professores de usarem os alunos "como alvo" e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) veio dizer que o ministério usava os alunos "como escudos".
 
Está neste momento nas mãos de um colégio arbitral a decisão de convocar serviços mínimos para o dia do exame nacional, mas o ministro Nuno Crato já veio admitir que poderá recorrer a todos os meios legais para evitar que os alunos saiam prejudicados, inclusive à requisição civil.
 

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