Jornal i - Lusa
Os CTT estão a
terminar o processo de reorganização da rede dos correios, que representa o
fecho de 124 estações e a abertura de 78 postos de correio
A adesão à greve
dos trabalhadores dos CTT, que começou às 00:00 de hoje em protesto contra a
privatização da empresa, era ao início da manhã de 87,65%, disse à agência Lusa
uma fonte sindical.
"A adesão
neste momento [às 07:00] está em quase 90%. Mas esta adesão contabiliza apenas
os trabalhadores dos turnos da noite das centrais de correio de Porto, Coimbra e
Lisboa´, porque os correios de distribuição começam a entrar às 07:00 e ainda
não temos dados", disse à Lusa o secretário-geral do Sindicato Nacional
dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNCT), Vítor Narciso.
A greve, marcada
pelo SNCT, entre as 00:00 e as 24:00 de sexta-feira, visa protestar
"contra a privatização dos CTT" e "defender um serviço público
postal de qualidade".
Vítor Narciso
adiantou que dos 235 trabalhadores escalados para o turno que teve início às
00:00, 206 fizeram greve.
Na opinião do
sindicalista, estes números apontam para "uma fortíssima resposta dos
trabalhadores às afirmações dos dirigentes dos CTT e à intenção do Governo em
privatizar a empresa".
O secretário-geral
do sindicato, Vítor Narciso, disse ainda que a "elevada adesão" à
greve dos trabalhadores do tratamento e transportes dos CTT vai ter
consequências no setor da distribuição.
"A greve dos
trabalhadores dos CTT vai levar ao encerramento dos postos de atendimento no
país e atrasar o trabalho da distribuição", disse Vítor Narciso, remetendo
para mais tarde dados sobre a adesão à greve nestes setores.
Para além desta
paralisação, Vítor Narciso referiu que "a luta não termina aqui" e
que vão decorrer "ainda este mês outras ações de protesto, em conjunto com
algumas juntas de freguesia, contra o encerramento de estações dos
correios" em vários pontos do país.
Os CTT estão a
terminar o processo de reorganização da rede dos correios, que representa o
fecho de 124 estações e a abertura de 78 postos de correio, disse na
quinta-feira à Lusa o presidente do Conselho de Administração.
"O processo
está a acabar, fizemos uma reorganização da rede e vamos fechar 124 estações de
correio e abrir 78 postos", afirmou Francisco de Lacerda, em entrevista à
Lusa.
O grupo CTT conta
com 1.850 postos de correio, dos quais 828 em acordo com as juntas de
freguesia, e com mais de 11 mil trabalhadores em Portugal.
Os sindicatos dos
correios convocaram uma greve nacional nos CTT para hoje e para a próxima
sexta-feira, em protesto contra a privatização da empresa e em defesa de um
serviço público de qualidade.
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