Jornal i - Lusa
A CGTP anunciou a
realização de uma greve geral na passada sexta-feira, 31 de maio. Na
segunda-feira, a UGT anunciou a convergência com a Intersindical e a
participação no protesto
O secretário-geral
da UGT, Carlos Silva, afirmou hoje que o Governo corre o risco "de
perder" um parceiro social caso não se verifique uma "inversão de
políticas" após a greve geral de 27 de junho.
"O que
queremos é a inversão de políticas. Não está em causa o Governo, o que está em
causa são as políticas do Governo e esperamos que com este sinal [o Governo]
perceba que está em risco de perder um parceiro social que, nos últimos anos,
tem servido para ser uma bandeira na credibilidade e na estabilidade do país",
avisou Carlos Silva.
O secretário-geral
da UGT, que falava aos jornalistas no Ministério da Economia, em Lisboa, onde
entregou esta tarde um pré-aviso de greve, alertou também para a possibilidade
da estrutura sindical "rasgar o acordo de Concertação Social",
assinado entre o executivo e os parceiros sociais, à exceção da UGT, a 18 de
janeiro de 2012.
"É uma matéria
que está em cima da mesa. Não queremos deixar cair o acordo porque fez parte da
estratégia da UGT no sentido de ajudar o Governo e os restantes parceiros
sociais a conseguirem o empréstimo da 'troika', de 78 mil milhões de euros
(...), mas está nas mãos do Governo a decisão de nos empurrarem para uma
decisão mais trágica", afirmou Carlos Silva.
Reforçou, por isso,
o apelo para adesão à greve geral de 27 de junho, "pela dignidade dos
trabalhadores em geral e, em particular, pelos trabalhadores da administração
pública, pelos reformados e pensionistas, contra o desemprego, contra a falta
de perspetivas de emprego dos jovens, para um conjunto de matérias que
prejudicam o país".
A CGTP anunciou a
realização de uma greve geral na passada sexta-feira, 31 de maio. Na
segunda-feira, a UGT anunciou a convergência com a Intersindical e a
participação no protesto.
Esta é a décima
greve geral em Portugal desde o 25 de abril e a quarta envolvendo as duas
centrais sindicais.
A 'troika' é
composta pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central
Europeu.
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