Deutsche Welle
Terminou esta
quarta-feira (5.06), em Luanda, o V Fórum Económico Alemão-Angolano, com uma
cerimónia de encerramento presidida pelo Embaixador da Alemanha em Angola,
Jörg-Werner Marquardt.
"Estimados
participantes do V Fórum Económico Alemão-Angolano: tivemos dois dias
emocionantes, cheios de sugestões para o reforço das relações económicas
alemãs-angolanas. Essas relações são também, no seu todo, uma expressão da
intensificação das já excelentes relações bi-laterais entre os dois
países".
Foi com estas palavras
que o Embaixador alemão encerrou o Fórum Económico Alemão-Angolano, num
ambiente descontraído, na presença de 50 representantes de grandes, médias e
pequenas empresas alemãs e de uma boa centena de representantes angolanos,
entre eles representantes de associações empresariais, empresas públicas,
secretários de Estado e ministros.
Christoph Kannengießer, Diretor Geral da Afrika-Verein, faz um balanço positivo do fórum. Os contatos pessoais que os empresários puderam fazer ao longo dos dois dias da conferência podem constituir um ponto de partida para mais e melhores negócios, entre dois países muito diferentes, mas que se complementam.
Christoph Kannengießer, Diretor Geral da Afrika-Verein, faz um balanço positivo do fórum. Os contatos pessoais que os empresários puderam fazer ao longo dos dois dias da conferência podem constituir um ponto de partida para mais e melhores negócios, entre dois países muito diferentes, mas que se complementam.
Passar das palavras
às ações
Um dos
participantes angolanos, neste dia de encerramento, foi o ministro da Saúde,
José Van Dunem, que proferiu um discurso perante os empresários angolanos e
alemães: "Na comunicação que fiz, manifestei a esperança de que passemos
rapidamente das palavras às ações", afirma. Van Dunem espera "que
este fórum não seja o arrolar de uma série de boas intenções, mas que se
consubstancie em actos que traduzam a vontade dos nossos dois países de se
ajudarem mutuamente".
Sobre as lacunas na
área da saúde, em Angola, José Van Dunem admitiu que elas existem, tal como
noutros setores e também em todo o mundo."Nós partimos de uma base mais
difícil", explica, especificando: "30 anos de guerra, 70% da rede
sanitária destruída, uma herança de analfabetismo muito grande, de modo que
atingir os padrões de normalidade significa que há muito para fazer".
José Severino,
Presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), também conversou com a DW.
Em tom de balanço falou sobre esta iniciativa organizada em conjunto pelo
Afrika-Verein (Associação Empresarial Alemã-Africana) e a Delegação da Economia
Alemã em Angola.
Angola pode ser
ponto de partida para empresários alemães
"Os alemães
sabem fazer bem, os angolanos querem correr", afirma José Severino,
acrescentando que "há, de facto, um binómio que pode interagir no sentido
de termos um projeto de sucesso. Temos a região toda, não só o mercado
angolano".
De acordo com o
Presidente da Associação Industrial de Angola, "o país, pela sua
localização geográfica, pelos investimentos que está a fazer nas
infra-estruturas, nas relações com os países vizinhos, pode ser uma base para a
Alemanha se enraizar e daqui partir para novas ações, para um mercado que tem
250 milhões de consumidores e recursos minerais e, portanto, pode fazer
investimento no setor produtivo e infra-estruturas"."A Alemanha pode
dar uma grande contribuição", conclui.
José Severino fez
questão de lembrar que a economia de Angola é hoje uma das mais dinâmicas do
continente africano. Segundo ele, o objetivo é atingir níveis de crescimento
comparáveis aos verificados nos anos 70, antes da independência. Na altura –
lembra Severino – o grau de desenvolvimento de Angola era relativamente alto e
contava com o contributo das empresas alemãs.
"Os alemães
conhecem Angola, de outra época, numa época em que Angola crescia 25%. Nesse
aspeto, tinha também a cooperação do know-how e do capital alemão",
recorda o presidente da AIA.
Uma viagem pelo
país da diversidade
Recorde-se que,
depois do encerramento oficial do Fórum Económico, própriamente dito, os
empresários alemães teräo oportunidade de conhecer duas províncias de Angola:
Benguela e Huíla. O objetivo dos organoizadores é mostrar que Angola é muito
mais do que Luanda – onde se concentra a maior parte das empresas, assim como
(estimadamente) um terço da população total do país. José Severino, presidente
da Associação Industrial de Angola, diz que essa viagem, organizada pelo goveno
de Angola, mostrará um pouco da diversidade desconhecida deste país
geograficamente 4 vezes maior que a Alemanha.
"Tanto a diversidade que se pontua não só no mar rico, numa terra que tem os segundos recursos hídricos e os terceiros recursos de terras de África, um clima diversificado, pode fazer desde café a uva, no Sul. Tem um clima mediterrânico, tem um clima temperado-húmido, temperado-seco, clima equatorial...Enfim, são as possibilidades que temos, mas, para isso, precisamos de parcerias".
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