Jornal i - Lusa
O secretário-geral
da CGTP referiu que as alterações no Governo não vão mudar a situação do país,
salientando que "vai ser mais do mesmo, mas para pior ainda"
O secretário-geral
da CGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje que o Governo é um "inimigo público"
e desafiou a que apresentem a moção de confiança perante os portugueses e não
na Assembleia da República.
"Independentemente
das remodelações ou das eventuais moções de confiança, o Governo não tem a
credibilidade e o apoio da maioria dos portugueses. Fazemos um desafio: se está
assim tão empenhado em apresentar a moção de confiança, em vez de o fazer na
Assembleia da República, que o faça perante o país, com a marcação de eleições
antecipadas, para ver se os portugueses lhes dão uma moção de confiança ou de
censura", disse em declarações à Lusa.
Arménio Carlos, que
participou num protesto dos trabalhadores das autarquias do Barreiro e da
Moita, no distrito de Setúbal, referiu que o Governo se tornou "um inimigo
público" do país.
"O Governo
tornou-se um inimigo público. Este Governo destruiu cerca de 500 mil postos de
trabalho, colocou o país com 1,5 milhões de desempregados, levou ao
encerramento de muitas empresas, acentuou as desigualdades e está a tentar
destruir as funções sociais do estado", frisou.
O secretário-geral
da CGTP referiu que as alterações no Governo não vão mudar a situação do país,
salientando que "vai ser mais do mesmo, mas para pior ainda".
"É claro que
este Governo, que colocou o país numa situação de desastre económico e social sem
precedentes, não é um Governo, que mesmo recauchutado, vai encontrar outras
políticas que não seja as que tem desenvolvido", defendeu.
O Conselho Nacional
da CGTP-IN reúne-se hoje, em Lisboa, para analisar o atual quadro político,
económico e social e decidir as iniciativas sindicais a desenvolver até
setembro, com Arménio Carlos a afirmar que a luta não pode parar.
"É evidente
que a decisão do Presidente da República vai ao arrepio da esmagadora maioria
do povo português e criou uma necessidade do povo reagir. Os problemas não vão
de férias e, por isso, temos que responder também neste período, dando
sequência à nossa luta pelas mais diversas formas, com uma descentralização da
nossa intervenção", concluiu.
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