SBR – MLL - Lusa
A economia
brasileira “não está em crise”, nem sequer “na vizinhança de uma crise”, mas
apenas atravessa “um processo de desenvolvimento que não conhecia há muito
tempo”, analisa o economista Rogério Sobreira.
O professor e
colaborador da Fundação Getúlio Vargas, um dos oradores da conferência
“Cenários para o futuro da Ibero-América”, iniciada na segunda-feira e que
prossegue hoje, em Lisboa, procurou desmontar os argumentos de quem diz que a
economia brasileira está em crise.
“É preciso lutar
contra o senso comum arreigado sobre a crise e a austeridade”, vincou.
O PIB (Produto
Interno Bruto) e o rendimento real médio estão a crescer, a inflação “requererá
sempre atenção” mas está sob controlo, a dívida pública está a diminuir, a taxa
de desemprego é inferior a seis por cento – são alguns dos exemplos que o
professor, doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia, utilizou para
demonstrar que a economia brasileira “não está em crise”.
Com os Governos de
Lula da Silva e Dilma Rousseff – ambos do Partido dos Trabalhadores (PT) –, o
Brasil iniciou “um novo processo de desenvolvimento económico, que incorporou
40 milhões de pessoas na classe média”, assinalou.
Esse processo
contém, inevitavelmente, “assimetrias”, mas “a política económica tem seguido a
racionalidade” e o desafio é agora "promover o investimento", realça.
Não é o Governo que
“está gastando demais, são as famílias que estão consumindo mais e se
endividando”, distinguiu Rogério Sobreira.
1 comentário:
Enquanto isso, a Bolha Imobiliária brasileira se aproxima.
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