MYB – MLL - Lusa
O Governo de São
Tomé e Príncipe vai retomar a assessoria técnica da petrolífera angolana
Sonangol para negociar com as empresas interessadas nos blocos petrolíferos na
zona económica exclusiva do arquipélago, disse o primeiro-ministro, Gabriel
Costa.
"No início
desta atividade de prospeção e delimitação de fronteiras, nos socorremos da
experiência angolana, mormente a Sonangol, para alguns contratos que celebramos
com algumas companhias", disse o chefe do Governo são-tomense.
"O que eu não
lhe posso dizer exatamente é o que é que levou que houvesse uma cessação dessa
colaboração. Mas eu vou retomá-la e com toda a força, na medida em que a
Sonangol tem uma experiência adquirida, comprovada neste domínio que ser-nos-á
absolutamente de grande utilidade", acrescentou.
Gabriel Costa, que
falava a jornalistas são-tomenses e angolanos, lembrou que a receita resultante
da produção do cacau, principal produto de exportação do país, "não cobre
nem de perto nem de longe” as necessidades do país em termos cambiais para as
necessidades de consumo nacionais.
O primeiro-ministro
são-tomense entende ser necessário "inverter essa situação" e
acredita que o envolvimento do setor privado no desenvolvimento económico de
São Tomé e Príncipe "é fundamental".
Gabriel Costa fez
um apelo aos 20 empresários angolanos que terminaram hoje uma visita de
prospeção de três dias ao arquipélago.
Porto, água,
energia e infraestruturas são as primeiras áreas de investimento identificadas
pelos empresários angolanos.
"Em primeiro
lugar temos que olhar para o porto, que é onde passa toda a mercadoria, para
investimento neste país. Há necessidade urgente de intervenção no porto e vimos
também que há necessidade de se criarem outras condições fora do porto, porque
este é muito pequeno", disse à Lusa Leonel Rocha Pinto, presidente da Lide
das empresas angolanas.
Rocha Pinto
considerou Angola como fazendo parte das "economias emergentes dos países
do sul que tem tido sucesso e que efetivamente podem ajudar São Tomé e
Príncipe".
A missão
empresarial angolana deslocou-se também à ilha do Príncipe para explorar áreas
de investimento.
Nessa deslocação,
os empresários angolanos foram acompanhados pelo primeiro-ministro, Gabriel Costa,
e pelo ministro das Infraestruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Osvaldo
Abreu.
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