quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CAVACO ASSINA DE CRUZ TUDO QUE O SEU GOVERNO DELIBERA, O QUE ESPERAM?

 


Parece que há em Portugal algum espanto por entre portugueses - funcionários públicos ou não - acerca da promulgação por Cavaco de diploma do seu governo, de Passos, de Portas, do FMI, da UE e de outras instâncias internacionais que defendem a via para o esclavagismo. O diploma obriga os funcionários públicos a trabalharem mais 5 horas por semana num total de 40, mais 20 horas por mês, cerca de mais 240 horas por ano. Claro que as férias deles e de muitos outros já foram reduzidas, claro que muitos dos funcionários públicos estão na calha do desemprego, claro que Cavaco está perfeitamente sintonizado com o seu governo na miserabilização dos portugueses, na exploração rumo ao esclavagismo.
 
Visto assim não há razão para espanto. É constitucional o que Cavaco acaba de promulgar? Talvez. Haverá os que dizem que sim e aqueles que dirão que não. Mas a Constituição da República Portuguesa serve mesmo para isso, para ser interpretada conforme os humores, sapiências e conveniências de alguns desta elite apodrecida que vai desde Belém a São Bento, passando por muitos da orda de doutores de facto ou por influências. E o povinho aquiesce. Se não o fizer a bem terá de o fazer a mal. Mas aquiesce. É manso (é?) e eles sabem-no. Mas diz a história que é manso só até um certo dia. Até quando? Isso é que não se sabe porque quando menos esperam há borrasca da grossa. E lá pode ir Cavaco para a Madeira rumo ao exílio. E os outros a fugirem que nem ratos… Quando e onde é que já vimos isto? Que tal não aconteça e que a razão se sobreponha é o desejado.
 
Sim. Mas se tal acontecer não é democrático… Pois não. Nos parâmetros da democracia interpretada e usada pelas elites podres que dominam o país não é democrático. Nem é constitucional porque isso configuraria um golpe de estado. É verdade. Mas então, a Constituição da República que para as elites dominantes representa um empecilho vale para umas coisas e não vale para outras? Oh, sim. Perdoem este exercício de má-língua. É que a Constituição - como muita da legislação - só é boa e para cumprir se servir a cambada dos que detêm os poderes que dominam o país. É assim. Sirvam-se, enquanto o cordeiro não se tornar leão. A paciência e as exigências de miserabilismo tem limites. Depois é que vão ser elas, quem sabe?
 
No horizonte perfilam-se muitos mais tormentos para os portugueses. Esta aparente acalmia e o dizer que os números estão a mostrar positivismos devem-se à estratégia eleitoral para as eleições autárquicas em Setembro. Depois vai ser mais outro inferno. E quem vai aguentar este descalabro? Cuidado. Muito cuidado. Esta austeridade para a maioria e a abastança para somente uns quantos pode desembocar em revolta. E essa, a revolta, Cavaco não vai assinar de cruz porque dos cobardes políticos não deverá rezar a história de Portugal.
 
Como diria Cavaco do alto da sua sapiência da treta: “Depois não digam que não avisei”.
 
Redação PG - AV  
 
Cavaco promulga diploma das 40 horas
 
Ana Tomás – Jornal i
 
Funcionários públicos vão trabalhar mais cinco horas por semana, já este ano
 
O Presidente da República promulgou o aumento do horário de trabalho na função pública de 35 para 40 horas semanais, avança o “Jornal de Negócios”.
 
Os funcionários públicos vão trabalhar, assim, mais cinco horas por semana, já este ano.
 
O documento, que suscitou dúvidas de constitucionalidade, seguiu para publicação em “Diário da República” e entra em vigor 30 dias depois.
 
A medida foi aprovada, a 29 de Julho, no parlamento, em conjunto com o regime de requalificação, através dos votos da maioria PSD-CDS.
 
Mas, ao contrário do diploma das 40 horas, Cavaco Silva pediu ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da proposta de lei da requalificação dos funcionários públicos, por ter dúvidas quanto, ao “conceito constitucional de justa causa de despedimento, o regime dos direitos, liberdades e garantias e o princípio da protecção da confiança".
 
Os juízes do Palácio Ratton têm agora até dia 7 de Setembro para se pronunciar sobre a constitucionalidade desta medida.
 
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