quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NIGÉRIA, OUTRO APÊNDICE AFRICOM

 


Martinho Júnior, Luanda

1 – A situação no Golfo da Guiné confirma o interesse geo estratégico da hegemonia pela região, conforme aliás foi publicitado a 16 de Maio de 2001, logo no início do presente século, pelo “Africa Oil Innitiative Group”, um “think tank” israelo-norte americano.

A constituição da Comissão do Golfo da Guiné a 19 de Novembro de 1999 aparentemente antecedeu essa geo estratégia da hegemonia na região, mas se alguma “independência” terá havido na iniciativa marítima regional, ela acabou por despertar imediatamente as possibilidades de ingerência a título de pacíficas intensões de segurança e de paz e hoje todas as questões que se levantam estão indexadas aos interesses da hegemonia, tirando partido da formação do AFRICOM e dos laços que por via da NATO foram sendo estabelecidos, utilizando como “canais” as antigas potências colonizadoras (França, Grã Bretanha, Espanha, Itália e Portugal).

Muitos dos interesses económicos já estavam instalados, o que faltava era colocar a funcionar os instrumentos do poder da hegemonia, recorrendo aos locais e isso está a ser conseguido: no cume da pirâmide o poder dos Estados Unidos, no corpo intermédio o pelotão de aliados e na base os “parceiros”, é assim que se está a construir o império e é assim que se vai instalando o neo colonialismo em África, por via dos “estados de direito”, das “democracias representativas”, todas eles estimulados na necessidade de combater os tráficos e o “terrorismo”!

Os analistas dos serviços de inteligência portugueses por exemplo, conforme os homólogos franceses, britânicos e espanhóis, têm vindo a espelhar esse alinhamento, tendo imensas dificuldades em assumir potencialidades próprias em termos geo estratégicos.

As “filtragens” dos serviços de inteligência “ocidentais” por via dos analistas de recurso são por demais evidentes e com isso procuram “parceiros” que tornam-se não apenas “caixas-de-ressonância”, mas sobretudo “correias de transmissão” vinculados a esses interesses!

Os analistas introduzem de forma tão persuasiva quanto lhes é possível, a subtil vinculação, quantas vezes sem resistência, pois não têm de se ver com princípios, nem com ideologias e os nacionalismos africanos esbatem-se cada vez mais nos processos típicos da moderna neo colonização de “mercado aberto”, ou seja “open societies”…

Portugal, a nível de sua inteligência militar, alinha por completo na ementa AFRICOM-NATO e uma das provas está no facto de seus argumentos privilegiarem questões relativas à segurança no combate à pirataria, ao tráfico humano e ao tráfico de droga, evitando como ninguém a abordagem à pirataria que as próprias frotas pesqueiras ocidentais têm vindo a praticar de há décadas a esta parte à volta do continente africano, que muito poucos ousam sequer evocar.

Mesmo quando abordam as potencialidades duma conexão espectável como a do Brasil-Angola, ou ainda Brasil-Golfo da Guiné, os analistas portugueses, tal com seus pares ocidentais, estão ao serviço da hegemonia!

Em seu socorro têm uma certeza: nunca as elites africanas indiciaram estar tão manipuláveis e instrumentalizáveis como hoje e por isso os interesses dessas elites são, em contrapartida, tão bem vindos num Portugal colonizado pelo capital como agora!

2 – De entre os poucos que oficialmente enumeram a pesca ilegal, integrando esse fenómeno nas questões de segurança, está o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, conforme o discurso proferido recentemente em Malabo, no acto da mudança de responsáveis da Comissão do Golfo da Guiné:

…“Importa, pois, continuar a promover a confiança entre os estados, através do estabelecimento de políticas, medidas e mecanismos que fortaleçam as relações de boa vizinhança e de cooperação multilateral.

Isto é tanto mais importante porque continuam a existir conflitos armados nalguns Estados da região e está a verificar-se em simultâneo o recrudescimento da criminalidade transnacional, patente no tráfego de drogas e de armas e também de órgãos e de seres humanos; na pirataria marítima e nos assaltos à mão armada; na pesca furtiva; na imigração ilegal; nas ameaças de terrorismo; na lavagem de dinheiro, etc.

Esses fenómenos nefastos atentam contra a segurança não apenas da exploração petrolífera offshore, dos ecossistemas e da pesca, da navegação marítima e de outras actividades económicas, mas representam também um perigo para a própria paz, segurança interna e estabilidade dos países banhados pelas águas do Atlântico no Golfo da Guiné”…

O discurso apaziguador pode dar alguns frutos calando as armas, como por exemplo o acerto de questões transfronteiriças como ocorreu recentemente entre os Camarões e a Nigéria (península de Bakassi), mas só por si será suficiente quando os desequilíbrios se vão acentuando nas sociedades e quando os serviços de inteligência e os interesses das potências promovem as inevitáveis tensões e contradições sociais, na ausência de organizações sociais fortes, de sindicatos interventivos, ou dum arremedo sequer de democracia participativa?!

Será que isso é suficiente quando nos mares a exploração das riquezas beneficia quantas vezes mais uns em prejuízo de outros, tal como acontece continente africano adentro?!

É o império com todo o seu cortejo de alianças petrolíferas que está por detrás dos estímulos aos “terroristas”, entre eles os do AQMIN como os do Boko Haram e por isso a espiral de violência serve tacitamente à manobra das potências, dos interesses que elas representam, das suas condutas e ideologias, dos seus serviços de inteligência, entre elas os proverbiais “estado de direito”, “mercados abertos”, ou “democracias representativas”!...

Apagar do mapa qualquer vestígio de luta de classes, (quando a luta pelos equilíbrios sociais em busca de justiça social se torna tão premente e recomendável), ainda que mergulhando as sociedades no caos, é isso que o império está a todo o transe procurar realizar em África e para tal, depois do que já foi “conquistado” na África do Oeste (espaço CEDEAO), procuram agora que seja “conquistado” também nos países que compõem o Golfo da Guiné, inclusive seguindo a trilha que visa engrossar com novos componentes a Comissão do Golfo da Guiné!

3 – Mal acabou a Cimeira da Comissão do Golfo da Guiné em Malabo escalou Luanda o NNS Thunder (F-90), a última das aquisições da Marinha de Guerra da Nigéria, uma nave que está destinada a actuar na região.

O NNS Thunder (F-90) é o ex-USCGC Chase (WHEC-218), com provas historicamente dadas no Golfo de Tonkin, no Golfo do México e no Golfo Pérsico… doado pelos Estados Unidos que o prepararam para que a Nigéria o utilize a contento no Golfo da Guiné, sob a vigilância atenta, como é óbvio, do enquadramento AFRICOM-NATO, ainda que as missões sejam aparentemente de interesse regional.

Não será só a utilização dos conceitos tácticos e operacionais que podem ser experimentados com o NNS Thunder (F-90) mas, mesmo que os nigerianos não o queiram, os Estados Unidos ao colocar na região um vaso de guerra que deveria servir estritamente a soberania da Nigéria sabem, por que o prepararam, que ele é acompanhado ao milímetro (vigiado) pelas suas enormes capacidades tecnológicas, técnicas e humanas de observação.

A “oferta” comporta sem dúvida compensações para os interesses dos Estados Unidos no Golfo da Guiné que de outro modo seriam mais difíceis de alcançar, entre elas a formação das equipagens, através das quais são introduzidos todos os conceitos, filosofias e práticas, ao nível de tecnologias dependentes e controladas.

A Nigéria tem tido imensas dificuldades em manter sua força embarcada operacional, pelo que é mais fácil substituí-la por novas aquisições, ainda que restauradas, do que reparar.

Por exemplo a maior reparação e manutenção do navio-almirante da esquadra nigeriana, terá custado qualquer coisa como 250 milhões de dólares!

Nesse aspecto os Estados Unidos estão a surgir, enquanto fornecedor, como o melhor dos recursos, até por que os custos de reparação e manutenção de velhas unidades fica muito aquém das unidades modernas… algo que não deixa de ser premeditado, desde logo sob os pontos de vista económico e financeiro!

Essa iniciativa é feita para com um país que pertence ao Commonwealth, é o maior produtor de petróleo africano ao sul do Sahara, é a nação africana mais populosa e onde existem tensões e manipulações provocadas, entre elas a existência dum grupo radical islâmico indexado à Al Qaeda (Boko Haram) e a instabilidade crónica no Delta do Níger: todos os condimentos, inclusive condimentos contraditórios, que possibilitam tornar o estado da Nigéria numa “democracia representativa”, num “estado de direito” elevado a um “parceiro” perfeitamente “alinhado”, ou seja subserviente e controlado!

As elites nigerianas, a começar pelas suas elites militares (como no Egipto), como é evidente estão conectadas senão integradas aos expedientes de subserviência e sabem que, a partir duma determinada fasquia, podem só existir em função dos estímulos de agenciamento que passam pelo tandem AFRICOM-NATO!

A Nigéria está a integrar na sua Navy uma parte do que é velharia e é ofertado pelo Serviço de Guarda Costas dos Estados Unidos, a par das Marinha das Filipinas e do Bangladesh entre outras, quando muitos dos navios que têm sido adquiridos, muito mais modernos, apesar de serem construídos em estaleiros de países aliados dos Estados Unidos, estão inoperacionais e sem possibilidades financeiras de reabilitação!...

Para além doa navios da classe Hamilton, a Nigéria adquiriu Guarda Costas das classes A e C (Sedge, Cowslip, Firebush e Sassafras)!... os outros navios, muito mais modernos, foram adquiridos em países como Alemanha, Grã Bretanha, Itália e França (todos da NATO) e a “parceiros” da NATO, ou da ANZUS, como Israel e Singapura!

Por isso a chegada a Luanda dum “mensageiro” como o F-90 NNS Thunder, respalda interesses do império no seu mais refinado estilo neo colonial, por via de um dos seus mais dilectos apêndices: como a Nigéria comprem barato, para reparar e manter barato e para cumprir as missões que nos interessam, da forma que corresponda às nossas estritas conveniências!...

4 – Os estímulos são de tal ordem que neste momento o NNS Thunder está de viagem até à Austrália, onde vai representar a Nigéria na “International Fleet Review” a 3 de Outubro de 2013 e onde as Marinhas de Guerra anglo-saxónicas e de seus aliados vão interagir e “trocar experiências”!

O NNS Aradu (F-89), navio-almirante da esquadra nigeriana que representou a Nigéria em Agosto de 2005 na “International Fleet Review” durante as comemorações do bicentenário da Batalha de Trafalgar, se viesse a representar a Nigéria na Austrália, implicaria gastos várias vezes superiores aos que oferece o NNS Thunder (F-90)!

Assim se constrói a hegemonia nos oceanos e nos mares da Terra, na Nigéria como no Egipto!

A Nigéria enquanto outro dos apêndices AFRICOM-NATO está institucional e tecnicamente “assumida” num alinhamento de completa dependência económica, financeira, tecnológica, técnica e operacional e o Golfo da Guiné, para além do seu espaço continental, é desse modo e só desse modo, o seu maior campo de preocupação, acção… e manobra!

5 – Situações crónicas como a que ponho em evidência recomendam a Angola, ela própria enquanto mais um emergente, iniciativas de paz e de não alinhamento nos oceanos e nos mares, procurando integrar esforços com outros emergentes ao nível sobretudo dos latinos americanos, também por razões culturais e sócio-políticas.

O Brasil por exemplo está a remodelar a sua frota e para efeito a absorver tecnologias; parece-me recomendável que é com o Brasil que no Atlântico Sul, Angola deve procurar privilegiar relacionamentos e reforçar-se numa maior parceria, até por que os pré-sal brasileiro e angolano têm tanto de comum e é comum o interesse em criar a Zona Económica Exclusiva (200 milhas Atlântico adentro, ao longo de suas costas)!

As estruturas das respectivas Marinhas em terra deveriam ser conseguidas duma forma tão próxima quanto o possível, a fim de melhor articular os custos e os benefícios comuns!

Uma parceria nesses termos garante mais soberania e inter-relacionamento geo estratégico, do que tem sido escolhido pela África do Sul, ou a Nigéria!

Foto: - O NNS Thunder (F-90) com sua velha roupagem, ou seja o USCGC Chase (WHEC-218), um guarda costas de longo raio de acção da classe Hamilton que entre as muitas operações em que participou, foi utilizado pelos Estrados Unidos contra o Vietname (Operation Market Time” – 1969/1970) e na invasão a Granada (“Operation Urgent Fury” – 1983/1984).

A consultar:
. African Oil: a priority for National Security and Africa Development –
http://www.iasps.org/strategic/africawhitepaper.pdf
. A Comissão do Golfo da Guiné e a Zona de Paz e Cooperação no Atlântico Sul. Organizações interzonais para a persecução da segurança marítima na Bacia Meridional Atlântica –
http://www.revistamilitar.pt/art_texto_pdf.php?art_id=797
. US expands secret intelligence operations in Africa –
http://www.washingtonpost.com/world/national-security/us-expands-secret-intelligence-operations-in-africa/2012/06/13/gJQAHyvAbV_print.html
. La diáspora del terror – Los militares de EE.UU. y la desintegración de África –
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=170148
. Íntegra do discurso do Presidente da República na cimeira da CGG em Malabo –
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/politica/2013/7/32/Integra-discurso-Presidente-Republica-cimeira-CGG-Malabo,6fafbaff-de89-4a40-bf57-7b9ff6c951ca.html
. ONU saúda acordo sobre Bakassi –
http://jornaldeangola.sapo.ao/mundo/onu_sauda_acordo_sobre_bakassi
. NIGERIAN NAVY TO RECEIVE TWO EX-UNITED STATES COAST GUARD AND UNITED STATES NAVY SHIPS IN 2014, ‘USNS JOHN MCDONNELL’ AND ‘USCGC GALLATIN’ NETTED – CNS; NIGERIAN NAVY ANNOUNCE PROGRAMME OF EVENTS FOR 57TH ANNIVERSARY (NAVY WEEK 2013) –
http://beegeagle.wordpress.com/2013/05/25/nigerian-navy-to-receive-two-ex-united-states-coast-guard-navy-ships-in-2014-usns-john-mcdonnell-and-uscgc-gallatin-netted-cns-nigerian-navy-announce-programme-of-events-for-57th-annivers/
. USCGC –
http://en.wikipedia.org/wiki/USCGC_Chase_(WHEC-718)
. Coast Guard trains with Nigerian navy –
http://coastguard.dodlive.mil/2011/08/coast-guard-trains-with-nigerian-navy/
. First Lady inaugurates war ship on Monday –
http://www.vanguardngr.com/2012/01/first-lady-inaugurates-war-ship-on-monday/
. Navio de guerra nigeriano em Angola –
http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/navio_de_guerra_nigeriano_em_angola
. Boko Haram – http://en.wikipedia.org/wiki/Boko_Haram
. Nigeria navy heads for Australia International Fleet Review –
http://en.starafrica.com/news/nigeria-navy-heads-for-australia-fleet-review.html
. Nigerian Navy –
http://en.wikipedia.org/wiki/Nigerian_Navy
. Major Navy Equipment Status – 2007 –
http://www.globalsecurity.org/military/world/nigeria/navy-equipment-2007.htm
. Aradu –
http://en.wikipedia.org/wiki/Aradu_(F89)
. Os militares do Faraó –
http://paginaglobal.blogspot.pt/2013/08/os-militares-do-farao.html
. África do Sul apêndice AFRICOM –
http://paginaglobal.blogspot.com/2013/08/africa-do-sul-apendice-africom.html

5 comentários:

Anónimo disse...


Estão todos entregues aos bichos!

Anónimo disse...

GIGANTE COM PÉS DE BARRO!

Na Nigéria o petróleo do delta do Níger é de exploração mais barata que aquele que é extraído "offshore" e isso explica a atenção especial dos Estados Unidos para com esse gigante africano!

Anónimo disse...

INSTRUMENTOS DE MANIPULAÇÕ!

É algo falseado a indignação relativa à entrada da Guiné Equatorial, que está à frente da Comissão do Golfo da Guiné, na CPLP (onde já está como observadora).

A ementa norte americana, ao mesmo tempo que tem na devida conta o regime de Malabo por causa do petróleo, do gás e dos interesses geo estratégicos, "lança os cães" que atiçam a propaganda dos "direitos humanos" e das "torturas"...

se eles fossem minimamente sérios, tinham de há muito feito campanha contra o comportamento dos Estados Unidos, dentro e fora das suas fronteiras e teriam começado por aí!

Não sendo sérios e ao indiciarem agenciamento aos interesses do "tio Sam", não passam de instrumentos de manipulação!

Anónimo disse...

INSTRUMENTOS DE MANIPULAÇÕ!

É algo falseado a indignação relativa à entrada da Guiné Equatorial, que está à frente da Comissão do Golfo da Guiné, na CPLP (onde já está como observadora).

A ementa norte americana, ao mesmo tempo que tem na devida conta o regime de Malabo por causa do petróleo, do gás e dos interesses geo estratégicos, "lança os cães" que atiçam a propaganda dos "direitos humanos" e das "torturas"...

se eles fossem minimamente sérios, tinham de há muito feito campanha contra o comportamento dos Estados Unidos, dentro e fora das suas fronteiras e teriam começado por aí!

Não sendo sérios e ao indiciarem agenciamento aos interesses do "tio Sam", não passam de instrumentos de manipulação!

Anónimo disse...


LÁ VEM ELE, LÁ VEM ELE, COM O RABINHO A DAR-QUE-DAR, CORRESPONDENDO PRONTAMENTE À CHAMADA DO DONO; QUEREM MELHOR FANTOCHE?

Aguiar-Branco admite missão de segurança marítima no Golfo da Guiné

LUSA

19/06/2013 - 20:06

De visita a Moçambique o ministro elogiou o desempenho português na missão de combate à pirataria na Somália.


José Pedro Aguiar-Banco, ministro da Defesa Nacional, admitiu nesta quarta-feira a possibilidade de uma missão portuguesa de segurança marítima na Costa da Guiné, uma vez que os casos de pirataria nessa zona “estão a aumentar”.
No final de uma visita de três dias a Moçambique, o ministro da Defesa considerou ser necessária, ao nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma “revisão no âmbito do acordo de Defesa que vá ao encontro de uma forma mais operacional de garantir a segurança marítima no Golfo da Guiné”. Numa reunião da CPLP no próximo ano, segundo o governante, “já deve haver ideias mais concretas”.

Aguiar-Branco visitou nesta quarta-feira, em Pemba, a fragata portuguesa Álvares Cabral que lidera, desde o início de Abril, a Operação Atalanta de combate à pirataria na costa da Somália. O ministro realçou o sucesso da missão internacional por ter “conduzido aos objectivos desejados”, reduzindo “drasticamente” a pirataria, uma vez que actualmente só existem “dois navios envolvidos em casos com reféns”.

O titular da pasta da Defesa acrescentou que a participação portuguesa na missão da União Europeia “honra as Forças Armadas portuguesas”.

Para além do combate à pirataria no Mar Vermelho, Golfo de Áden, Golfo de Omã e em toda a bacia da Somália, incluindo a parte Norte do Canal de Moçambique, a Operação Atalanta tem como objectivo assegurar a protecção dos navios do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.



http://www.publico.pt/politica/noticia/aguiarbranco-admite-missao-de-seguranca-maritima-no-golfo-da-guine-1597819

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