sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Portugal: PARASITAS E PIRÓMANOS HÁ MUITOS, SEUS PALERMAS!

 

António Veríssimo
 
São maioritáriamente jovens os bombeiros que têm sido vítimas dos fogos que consomem a floresta de Portugal. Em opinião, no Jornal i, Artur Portela escreve a propósito (veja em baixo). Interprete-se que Portela aborda o desprezo que os da laia de Cavaco Silva manifestam pelos bombeiros, pela ralé do povinho que mais não têm que fazer se não serem cordeirinhos e alimentar com todo o fausto os parasitas políticos e os de suas ilhargas que sugam de modo desalmado o que é pertença de todos os portugueses. Sem pejo, se necessário, se imprescindivel para alimentar as suas ganâncias e as suas ideologias fascizantes – a que chamam neoliberais – até vidas sugam, indiferentes, mas fazendo-se passar por falsos sofredores com aparentes sentidas declarações de pesar. A hipocrisia ocupa Belém, São Bento e os que mais estão apostados em miserabilizar Portugal e os portugueses.
 
Após seis bombeiros – ou cinco? – que perderam a vida no combate aos fogos, depois de muitas críticas, lá veio Cavaco, publicamente titubeante, dedicar algumas palavras aos bombeiros assassinados pelos fogos, pela falta de reordenamento do território, pela falta de estratégias atuais e reforçadas, pela falta de meios, pela falta de formação adequada, pelo deixa-andar de políticos parasitas que se governam em vez de governar convenientemente o país.
 
Já morreram bombeiros demais este ano. Estes são números anormais e inadmissiveis. Muitos deles eram muito jovens. O facto terá que ver com a inexperiência e com a falta de formação? Quem investiga? Quem é responsável (do atual e de governos anteriores) por tudo o que está errado e tem conduzido à devassa do abandono a que a floresta portuguesa está votada? Quem são os responsáveis maiores pela morte destes bombeiros? As labaredas gigantescas? Não será que pirómanos há muitos, seus palermas!? Como diria Vasco Santana.
 
Nesta vaga de fogos quase meia centena de pirómanos já foram identificados e detidos pela Polícia Judiciária. Mas não haverá também políticas pirómanas de responsabilidade de incompetentes ou laxistas que têm ocupado desde há décadas os poderes políticos e legislativos que deviam ter tido ações de gestão das florestas que não nos tivesse trazido até a esta escalavrada situação? Cavaco também foi PM por mais de dez anos. E os outros?
 
É que, assim sendo, também existem pirómanos e assassinos morais dos bombeiros desde Belém a São Bento. Morrem os bombeiros vítimas da sua abenegação e valentia, morre o povo, a ralé, que estes políticos parasitas tanto desprezam e a quem impõem insuportáveis sacrificios no modo de suspensão da democracia real. Até quando vamos assistir a esta impunidade? Até quando teremos de chorar familiares, amigos, compatriotas, que por via da crise imposta se suicidam, até quando teremos de chorar bombeiros caídos no combate às chamas devoradoras? Até quando teremos de consentir a impunidade desta máfia política que tem vindo a destruir-nos? Até quando lhes permitiremos que nos parasitem gozando de toda a impunidade, sem que os chamemos à responsabilidade?
 

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