A Agência de
Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês), recolheu durante dois anos, em
2010 e 2011, localizações de telemóveis de cidadãos dos EUA, através de um
programa-piloto que decidiu entretanto eliminar.
O diretor da NSA,
general Keith Alexander, confirmou esta quarta-feira a existência do programa
durante uma audiência no comité senatorial das informações, depois de o
"The New York Times" ter revelado a notícia na sua edição desta
quarta-feira.
Alexander começou a
aplicar o programa para testar a capacidade dos seus sistemas de gestão de
dados, mas a informação obtida não foi usada, nem para análise de informação.
Se tivesse decidido
prosseguir com o programa para além da fase experimental, a NSA teria de obter
primeiro a aprovação do tribunal encarregue da autorização da aplicação da Lei
de Vigilância de Informações Estrangeiras (FISA, na sigla em Inglês), acrescentou
Alexander.
O diretor do NSA
classificou ainda como "errado" e "inexato" outro artigo do
diário nova-iorquino que avançava que a agência usou desde 2010 a sua coleção
de informação para criar gráficos que ilustrassem as relações sociais de alguns
norte-americanos, prática que só se aplicava a estrangeiros.
A NSA começou a
permitir em novembro de 2010 que a informação procedente de chamadas
telefónicas e mensagens de correio eletrónico fosse usada para estudar as
ligações de norte-americanos com suspeitos no estrangeiro, relatou o jornal,
baseado em documentos fornecidos pelo ex-funcionário da agência Edward Snowden.
Snowden, que se
encontra exilado na Federação Russa, revelou há uns meses a existência dos
programas secretos da NSA para a vigilância em grande escala das comunicações
de norte-americanos e estrangeiros considerados suspeitos de terrorismo.
A espionagem da NSA
ultrapassou fronteiras e afetou governos aliados, como Brasil e México, entre
muitos outros.
Hoje, na audiência
no Senado, tanto Alexander como o diretor nacional das Informações, James
Clapper, defenderam, a necessidade destes programas de espionagem como
ferramenta da luta antiterrorista dos EUA.
Jornal de Notícias
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