quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Agência de Segurança dos EUA recolheu localizações de telemóveis de cidadãos

 


A Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês), recolheu durante dois anos, em 2010 e 2011, localizações de telemóveis de cidadãos dos EUA, através de um programa-piloto que decidiu entretanto eliminar.
 
O diretor da NSA, general Keith Alexander, confirmou esta quarta-feira a existência do programa durante uma audiência no comité senatorial das informações, depois de o "The New York Times" ter revelado a notícia na sua edição desta quarta-feira.
 
Alexander começou a aplicar o programa para testar a capacidade dos seus sistemas de gestão de dados, mas a informação obtida não foi usada, nem para análise de informação.
 
Se tivesse decidido prosseguir com o programa para além da fase experimental, a NSA teria de obter primeiro a aprovação do tribunal encarregue da autorização da aplicação da Lei de Vigilância de Informações Estrangeiras (FISA, na sigla em Inglês), acrescentou Alexander.
 
O diretor do NSA classificou ainda como "errado" e "inexato" outro artigo do diário nova-iorquino que avançava que a agência usou desde 2010 a sua coleção de informação para criar gráficos que ilustrassem as relações sociais de alguns norte-americanos, prática que só se aplicava a estrangeiros.
 
A NSA começou a permitir em novembro de 2010 que a informação procedente de chamadas telefónicas e mensagens de correio eletrónico fosse usada para estudar as ligações de norte-americanos com suspeitos no estrangeiro, relatou o jornal, baseado em documentos fornecidos pelo ex-funcionário da agência Edward Snowden.
 
Snowden, que se encontra exilado na Federação Russa, revelou há uns meses a existência dos programas secretos da NSA para a vigilância em grande escala das comunicações de norte-americanos e estrangeiros considerados suspeitos de terrorismo.
 
A espionagem da NSA ultrapassou fronteiras e afetou governos aliados, como Brasil e México, entre muitos outros.
 
Hoje, na audiência no Senado, tanto Alexander como o diretor nacional das Informações, James Clapper, defenderam, a necessidade destes programas de espionagem como ferramenta da luta antiterrorista dos EUA.
 
Jornal de Notícias
 

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