A epidemia de
Cólera na Guiné-Bissau já matou 24 pessoas de um total de 379 casos registados
desde Março, anunciou Ayigan Kossi, representante da Organização Mundial da
Saúde (OMS) na Guiné-Bissau.
Os números
representam um acréscimo de 88 casos e mais dois mortos em relação aos números
registados no final de agosto, sendo que a doença afeta sobretudo as regiões de
Tombali e Quinara, no sul do país.
A época das chuvas,
de maio a outubro, dificulta os acessos e facilita a transmissão da bactéria,
que se aloja no intestino humano, sobretudo através do consumo de água
contaminada.
Na última semana, a
OMS entregou ao governo de transição da Guiné-Bissau um conjunto de
medicamentos e material sanitário no valor de 200 milhões de francos CFA para o
combate à doença.
Em declarações aos
jornalistas, Ayigan Kossi disse acreditar que, depois das chuvas, "com o
envolvimento do governo e com as ajudas já recebidas, será possível acabar com
a Cólera" e a partir daí "aprofundar a prevenção".
No Hospital de
Catió, capital regional de Tombali, funciona um Centro de Tratamento de Cólera
para o sul do país que conta com o apoio de organizações internacionais.
Vasco Sanca, médico
da unidade, contou à agência Lusa que fazem falta mais profissionais de saúde.
"O que mais
nos podia ajudar eram recursos humanos", conta o médico
"Com quatro
médicos para um hospital tão grande e com este Centro de Tratamento de Cólera,
esta é uma tarefa muito difícil", referiu.
Entre as medidas
que têm sido tomadas na região para estancar a epidemia constam a formação de
ativistas, instalação de latrinas a usar pela população e a dinamização da
estadia de escuteiros para realizar sensibilização dos residentes.
Lavar as mãos
sempre antes de comer e depois de sair da casa de banho são princípios básicos
que têm sido transmitidos e que se fazem ouvir também através de campanhas nas
rádios.
Notícias ao Minuto
- Lusa
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