Jornal i - Lusa
O ex-presidente
timorense José Ramos Horta, o bispo sul-africano Desmond Tutu e a advogada
iraniana Shirin Ebadi estão entre os Nobel subscritores do apelo
Onze prémios Nobel
da Paz pediram hoje ao Presidente russo, Vladimir Putin, para desistir das
“acusações excessivas de pirataria” contra 30 ativistas da Greenpeace, anunciou
hoje a organização ecologista.
O ex-presidente
timorense José Ramos Horta, o bispo sul-africano Desmond Tutu e a advogada
iraniana Shirin Ebadi estão entre os Nobel subscritores do apelo.
“Escrevemos-lhe
para pedir que faça tudo ao seu alcance para garantir que as acusações
excessivas de pirataria contra 28 ativistas da Greenpeace, o fotógrafo e o
vídeo operador sejam abandonadas e que quaisquer acusações que sejam
apresentadas sejam consistentes com a lei russa e internacional”, afirmam numa
carta a Putin.
“Estamos confiantes
de que partilha o nosso desejo de respeito pelo direito ao protesto não
violento”, acrescentam.
As autoridades
russas acusaram 30 tripulantes do navio Arctic Sunrise de pirataria, punível
com pena de prisão até 15 anos, depois de um protesto contra a exploração
petrolífera no Ártico.
Os ativistas, de 18
países, estão detidos até ao julgamento, previsto para o final de novembro.
Segundo o advogado que os representa, os 30 estão detidos em “condições
desumanas”.
Os Nobel referem
que um derrame de petróleo no Ártico teria um “impacto catastrófico” nas
comunidades locais e apelam para a proteção do Ártico, em nome de “milhões de
pessoas em todo o mundo”.
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