terça-feira, 1 de outubro de 2013

Portugal: 490 mil desempregados não recebem qualquer subsídio do Estado

 

Margarida Bon de Sousa – Jornal i

Os últimos dados da Segurança Social referem que em Agosto havia 387 047 pessoas a receber alguma prestação, mais 3049 que em Julho
 
A Segurança Social só atribuiu subsídios de desemprego a 387 mil desempregados em Agosto, enquanto um número superior, 490 mil desempregados, deixaram de receber qualquer apoio, nomeadamente o subsídio social de desemprego.
 
De acordo com os últimos dados disponibilizados pela Segurança Social, em Agosto havia 387 047 beneficiários a receber prestações de desemprego, mais 3034 pessoas que em Julho, o equivalente a 44% do último número total de desempregados contabilizados pelo Eurostat. O gabinete de estatísticas europeias contabilizou nesse mês um total de 878 mil pessoas sem trabalho, o equivalente a uma taxa de desemprego de 16,5%.
 
Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, o subsídio social de desemprego inicial, o subsídio social de desemprego subsequente e o prolongamento do subsídio social de desemprego, prestações que atingiram em Agosto o valor médio de 481,94 euros face aos 501,54 euros observados um ano antes.
 
O Porto é o distrito com o maior número de beneficiários com prestações de desemprego, com 85 363 subsídios atribuídos em Agosto. Seguiu-se o distrito de Lisboa, com 78 856 mil desempregados a receber esta prestação. Os beneficiários do sexo masculino são em número superior, mais 16 397, com 201 722 pessoas, contra 185 325 do sexo feminino.
 
Execução orçamental
 
O saldo global da Segurança Social registou um excedente acumulado de 491,4 milhões de euros em Agosto. A receita efectiva acumulada atingiu 17 161,4 milhões de euros (2253,7 milhões de euros em Agosto), o que representou um aumento de 7,9% em relação ao período homólogo. A evolução ficou a dever-se principalmente a um aumento de 21% das transferências da administração central face ao mesmo período do ano passado, que é explicada pela antecipação de parte das transferências mensais do OE previstas até ao final de 2014. Já quanto à despesa efectiva acumulada, atingiu os 16 670,0 milhões de euros, mais 6,6% que no período homólogo de 2013. Na base deste aumento estiveram sobretudo as despesas com pensões, que este ano acumularam os oito primeiros duodécimos correspondentes ao pagamento do 13.o mês dos pensionistas e ainda de parte do 14.o A despesa com prestações de desemprego e medidas de apoio ao emprego foi de 1858,1 milhões de euros, mais 9,8% que até Agosto do ano passado.
 
Menos gastos
 
A última execução orçamental mostrou que os gastos mensais do Estado com o subsídio de desemprego estão cada vez mais em linha com a despesa mensal registada em 2012 com esta prestação social, apesar de o desemprego estar em níveis mais elevados.
 
As novas regras impostas no ano passado começaram a ter efeitos na despesa mensal deste ano da Segurança Social: em termos acumulados, a diferença em Janeiro foi caindo gradualmente até 9,8%, com o Estado a gastar mais 165,7 milhões entre Janeiro e Agosto.
 
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