Cidade da Praia, 13
nov (Lusa) - O secretário executivo da CPLP defendeu hoje uma conjugação de
esforços para diminuir significativamente o total de 28 milhões de pessoas que
são afetadas pela carência alimentar e nutricional no espaço lusófono.
Murade Murargy, que
lidera a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), falava aos
jornalistas na Cidade da Praia, após a sessão de abertura do IV Simpósio de
Segurança Alimentar e Nutricional e Desenvolvimento Sustentável (SANDS) no
espaço lusófono, que reúne especialistas dos oito Estados-membros.
Salientando ser
"difícil" definir metas - "o ideal seria atingir os 100%"
-, Murargy destacou o "enorme potencial de produção agrícola" de
qualquer um dos países da CPLP, pelo que se torna necessário desenvolver estratégias
conjuntas.
"É difícil
falar de metas, porque é um processo longo, que vai implicar muitas ações até
que se possa definir uma meta exata. Os nossos países têm um potencial enorme
em recursos naturais. Temos tecnologia, caso do Brasil, temos todos os
requisitos indispensáveis. O que é preciso é trabalhar", defendeu.
"Temos de
criar condições para que os pequenos produtores, neste caso ligados à
agricultura familiar, possam ter os instrumentos e meios financeiros para
aumentarem a produção", acrescentou.
O quarto simpósio o
SANDS - os três primeiros decorreram em Luanda (2007), Brasília (2009) e Bissau
(2010) -, começou hoje na Cidade da Praia e, até quinta-feira, vai refletir
sobre os dois temas e encontrar soluções e meios para ações conjuntas na CPLP.
JSD // VM - Lusa
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