Macau, China, 07
nov (Lusa) - O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, afirmou hoje, em Macau, que a organização
vai envolver-se intensamente no processo de paz na Guiné-Bissau.
"Posso dizer
neste momento que a CPLP está com a Guiné-Bissau, eu pessoalmente vou-me
envolver intensamente neste processo e acredito que, em breve trecho, vamos ter
estabilidade no país para que possa iniciar as reformas necessárias",
disse o dirigente da organização em declarações à agência Lusa no final de um
encontro, em Macau, com o primeiro-ministro de transição da Guiné-Bissau, Rui
Duarte Barros.
Entre essas
reformas necessárias, Murade Murargy salientou a das "Forças Armadas, a
administrativa e financeira", de modo a que a "Guiné-Bissau tenha as
bases necessárias para o desenvolvimento económico e social, que tem todas as
condições para fazer".
No encontro com o
primeiro-ministro de transição guineense, no qual marcou também presença o
ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Murargy salientou o
"compromisso da CPLP de se engajar no processo, de continuar a engajar-se
no processo - não é que não estivesse engajada - na Guiné-Bissau".
"A situação
está clara, embora difícil, mas a presidência da CPLP encorajou o Governo de
transição da Guiné-Bissau para que prossiga a linha que traçou, que é o
processo eleitoral, portanto, o recenseamento eleitoral como as eleições que
terão lugar no próximo ano", constatou.
Ao reconhecer que
há "problemas no caminho" em direção à paz, o secretário-executivo da
CPLP disse acreditar que, "com a cooperação de todas as partes envolvidas,
vai-se encontrar uma saída para o povo da Guiné-Bissau, que acreditamos que tem
toda a capacidade de poder resolver os problemas internos que neste momento
está a viver".
Instado a apontar
quais problemas a que se referia, Murade Murargy indicou que são relativos ao
"financiamento, pois é necessário reunir os recursos que são necessários,
e à reforma das Forças Armadas".
"O termo
problemas não é bem correto, são desafios, que tanto os guineenses como a
comunidade internacional terão que fazer face para se poder encontrar uma estabilidade
na Guiné-Bissau", concluiu.
PNE // APN - Lusa
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