sexta-feira, 1 de novembro de 2013

GRAÇA MACHEL DENUNCIA CLIMA DE TERROR EM MOÇAMBIQUE

 


Há "polícias e estrangeiros" envolvidos na onda de raptos, diz a presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique.

Manuela Goucha Soares - Expresso

A antiga primeira-dama de Moçambique, Graça Machel denuncia o clima de terror que se vive no país e diz que os centros urbanos estão a viver "um ambiente de grande tensão, enorme insegurança, medo e terror".
 
Em declarações ao jornal moçambicano "O País", Graça Machel diz que as autoridades moçambicanas são incapazes de responder com eficácia à onda de raptos. "Os cidadãos não sentem e não vêem de uma maneira clara e directa um posicionamento do Governo. Os cidadãos não se encontram na forma como o Estado está a responder aos raptos", disse Graça Machel a "O País".
 
Ativista pelos direitos humanos, Graça Machel, casou em 1976 com Samora Machel, primeiro Presidente de Moçambique. Em 1986, Samora morreu num acidente aéreo. Em 1998, Graça casou Nelson Mandela.
 
"Marcha pela paz e contra os raptos"
 
Maputo foi hoje palco de uma marcha que reuniu "milhares de pessoas numa manifestação pacífica, em protesto contra a onda de raptos e o espetro da guerra que ameaça Moçambique, acusando o Governo de estar 'mudo' e a polícia de 'corrupção', noticia a agência Lusa.
 
"Além da polícia, estrangeiros estão envolvidos nos raptos que mexem com o país", disse a presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabote, citada por "O País".
 
"Sabes qual é a quantidade de gente traficante que entra no aeroporto? Há muitos destes envolvidos nos raptos, e não são pessoas quaisquer", acrescentou Alice Mabote.
 
Pela primeira vez, os moçambicanos marcharam contra o Governo. Temos um líder-chefe que deve cuidar de cada um de nós. Não deve existir nenhuma diferença no tratamento de cada moçambicano que nós possamos ser, gritou Mohamed Asif, um dos organizadores da marcha.
 
A "Marcha pela paz e contra os raptos" foi organizada pela Liga dos Direitos Humanos, em conjunto com outras organizações da sociedade civil e confissões religiosas, numa reação à onda de raptos e ao clima de instabilidade político-militar que Moçambique atravessa.
 
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