05 de Novembro de
2013, 13:26
O exército sofreu
hoje quatro baixas e ferimentos em mais de 19 militares após uma emboscada de
homens armados em Gorongosa, Sofala, no centro, disseram hoje à Lusa várias
fontes.
Dos feridos,
"16 estão em situação grave", a maioria com projécteis em várias
partes do corpo, principalmente na cabeça e membros superiores, disse uma
enfermeira de serviço no hospital local.
"O camião
passou de manhã para abastecer com mantimento a posição do exército na Casa
Banana, e no regresso sofreu uma emboscada da Renamo antes do Vunduzi. Sofremos
baixas e feridos", disse à Lusa uma fonte militar, sem avançar números.
Na viatura atacada,
disse, havia uma força conjunta do exército e da Força de Intervenção Rápida
(FIR), ligada a polícia.
"Um camião
militar descarregou ao princípio da tarde vários feridos, mais de 19 homens, no
banco de socorro do hospital de Gorongosa, e outros três corpos foram
depositados na morgue. O hospital está isolado por militares e a imprensa está
com dificuldades de trabalhar", disse à Lusa um jornalista local.
Em declarações à
Lusa, o director do Hospital distrital de Gorongosa, Jerónimo Langa, confirmou
a entrada de vítimas de ataques de homens armados naquela unidade hospitalar,
sem adiantar pormenores.
"Estou na
emergência, saberão (detalhes) depois", insistiu Jerónimo Langa ao
telefone.
Na semana passada,
dois homens, supostamente guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo), feriram três militares, roubando-lhes as armas, quando tomavam banho
no rio Vunduzi, a escassos dois quilómetros da base de Sadjundjira, assaltada e
ocupada pelo exército, e de onde fugiu há 16 dias o líder da Renamo, Afonso
Dhlakama.
Moçambique vive a
mais grave tensão político-militar desde a assinatura do acordo de paz, em
1992, que acabou com 16 anos de guerra civil.
Lusa – com Sapo MZ
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