quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Moçambique: GUERRILHEIROS ATACAM EXÉRCITO E TENTAM REAVER BASE DA RENAMO

 


Homens armados atacaram hoje o contingente do exército estacionado no quartel de Sadjundjira, na Serra da Gorongosa, Sofala, centro de Moçambique, numa "tentativa de retomar" a antiga base de Afonso Dhlakama, disse à Lusa uma fonte militar.
 
A 21 de outubro, o exército governamental assaltou e ocupou a base de Sadjundjira, onde vivia há um ano o líder da Resistencia Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, e de onde fugiu para parte incerta.
 
"Por volta das 11:00 (09:00 de Lisboa), o exército foi surpreendido por tiros que vinham no sentido contrário à Serra da Gorongosa. Houve uma resposta ao ataque que durou quase meia hora", relatou à agência Lusa o militar, que pediu anonimato.
 
Este é o terceiro ataque que guerrilheiros armados protagonizam em menos de 10 dias na região contra o exército, sobretudo nas redondezas da antiga base da Renamo, depois do assalto e ocupaçao do local pelas tropas governamentais, que o pretendem transformar em quartel.
 
Na terça-feira passada, o exército governamental sofreu oito baixas (quatro homens morreram no local e outros quatro no hospital), e ferimentos em mais 18 militares, após uma emboscada de rebeldes, a meio caminho entre Casa Banana e Vunduzi (Sadjundjira), na Gorongosa, a poucos quilómetros da antiga base do movimento.
 
Na quarta-feira, homens armados metralharam um posto policial em Nhamadze (Canda), a cerca de 20 quilometros da vila sede do distrito de Gorongosa, vandalizaram e roubaram "kits" de medicamentos e outros utensílios do centro de saude da zona.
 
Na semana passada, dois homens, alegadamente guerrilheiros da Renamo, feriram três militares, a quem roubaram as armas quando tomavam banho no rio Vunduzi, à escassos dois quilómetros da base de Sadjundjira.
 
Moçambique vive o seu pior momento de tensão político-militar apos a assinatura dos acordos de paz entre o Governo e a Renamo, em 1992, que colocaram fim de 16 anos de guerra, sob apelos de "diálogo e reconciliação" entre as partes.
 
Lusa
 

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