A direção do canal
privado Televisão Independente de Moçambique confirmou, esta sexta-feira, que o
seu chefe de redação, Alexandre Rosa, "foi violentamente agredido"
por militares, que também espancaram um operador de imagem e confiscaram
material de reportagem.
Em comunicado
distribuído esta sexta-feira, a Televisão Independente de Moçambique (TIM) dá
os pormenores do incidente ocorrido na quinta-feira, sobre as agressões à
equipa do canal televisivo, deixando o chefe de redação em "estado
grave".
O ataque aos
jornalistas aconteceu quando a equipa da TIM cobria escaramuças entre a
população e os militares aquartelados num acampamento do exército no Bairro de
Malhampsene, nos arredores de Maputo, sul de Moçambique.
"O chefe de
redação foi violentamente agredido, tendo conseguido fugir, refugiando-se numa
residência próxima, enquanto o operador de câmara, Cláudio Timana, foi também
atingido por diferentes pancadas e arrastado para o interior do quartel com
outros populares", refere a nota de imprensa.
O motorista
conseguiu escapar ileso e a câmara de vídeo que era utilizada pelo operador da
TIM foi retirada pelos militares, refere ainda o comunicado da direção da
empresa.
A nota de imprensa
adianta que Alexadre Rosa está internado numa clínica em Maputo, mas fora de
perigo e o equipamento de reportagem foi devolvido pelo comandante do quartel,
que pediu desculpas à TIM.
"A TIM fará
seguir este assunto, através das autoridades competentes, para o devido
tratamento, tendo já feito a participação desta ocorrência junto da polícia e
contactará, de seguida, o Sindicato Nacional dos Jornalistas, o Media Institute
for Southern Africa, bem como o Conselho Nacional para a Comunicação
Social", indica o comunicado.
A população e os
militares envolveram-se em cenas de violência, devido à disputa de um terreno
que os soldados não permitem que seja usado pela comunidade, por entenderem que
pertence ao quartel.
Jornal de Notícias
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