quinta-feira, 21 de novembro de 2013

POLÍCIAS PEDEM DEMISSÃO DO GOVERNO E SUGEREM INVASÃO DO PARLAMENTO

 

Económico com Lusa
 
Milhares profissionais das forças e serviços de segurança pediram hoje a demissão do Governo, durante uma manifestação que se realizou em Lisboa e juntou mais de 10 mil manifestantes, segundo fonte sindical.
 
"Está na hora do Governo ir embora" foi a frase mais ouvida esta tarde, nas ruas que ligam o largo de Camões à Assembleia da República.
 
Por várias vezes, durante o percurso feito a pé, os manifestantes gritaram "a polícia unida jamais será vencida" e "segurança de Portugal somos nós".
 
Paulo Fernandes, a trabalhar há 15 anos no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, participou pela primeira vez numa manifestação, e explica que saiu à rua para protestar contra a falta de condições no trabalho e os cortes no ordenado.
"Faltam condições de trabalho, cada vez tenho mais trabalho e menos colegas", disse à agência Lusa, enquanto se juntava ao protesto, realizado no mesmo dia em que o SEF efetuou o primeiro de quatro dias de greve.
 
Paulo Fernandes disse ainda que já perdeu "entre 10 a 20%" do seu salário, além de ter sofrido um aumento da carga horária.
 
Outro manifestante, Jorge Ramos, guarda prisional há 25 anos, disse à Lusa que participa na manifestação porque sente "na pele o roubo" no seu vencimento, ao mesmo tempo que as condições de trabalho da classe se degradam cada vez mais.
 
"Ainda hoje vi que recebi menos 700 euros, com o pagamento do subsídio", frisou.
 
Os inspetores da PJ juntaram-se pela primeira vez ao protesto organizado pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que congrega a GNR, PSP, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).Mário Coimbra, da Associação Sindical dos Investigadores Criminais (ASFIC/PJ), explicou que os inspetores da PJ se juntaram ao protesto, porque "os problemas são transversais a todas as forças policiais e de segurança", tal como os cortes nos vencimentos e nos orçamentos das instituições.
 
Ao som de apitos e gritos, juntaram-se bandeiras dos vários sindicatos e cartazes, nos quais se podem ler frases como "segurança pública exige profissionais motivados" e "basta de austeridade pela segurança".
 
Os manifestantes estão agora concentrados à frente da Assembleia da República.
 
Forças de segurança derrubam barreiras de proteção no parlamento
 
Económico com Lusa
 
Os profissionais das forças de segurança, que hoje se manifestam em Lisboa, derrubaram as barreiras de segurança colocadas no fundo da escadaria da Assembleia da República, havendo pelo menos já um ferido.
 
Gritando "invasão" e acompanhados por muitos assobios, os manifestantes derrubaram por volta das 20:20 as barreiras, obrigando ao reforço do número de polícias que estão fardados na escadaria.
 
Um grupo de polícias que participa na manifestação acabou por fazer também uma barreira, para que os restantes manifestantes não subam as escadas da Assembleia.
 
A manifestação reúne todos os profissionais das forças de segurança e os organizadores consideram ser a maior de sempre.
 
Os manifestantes chegaram por volta das 20:00, tendo enchido o largo em frente ao Parlamento.
 
- Em atualização
 

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