Carlos Tadeu
Por esta hora está a começar na Aula Magna da Universidade de Lisboa, na Cidade Universitária, o chamado Encontro de Esquerdas que mais legitimamente devia chamar-se Encontro Para Salvar Portugal. Tanto assim é que não vão estar presentes somente oradores conotados com a esquerda política de Portugal mas também sociais-democratas e democratas cristãos, do PSD e do CDS. Também independentes. Civis e militares. O aglutinador desta amálgama de democratas e patriotas portugueses é o ex-Presidente da República Mário Soares.
É Mário Soares que tece as críticas às políticas do governo e à cumplicidade de Cavaco Silva. Cavaco, uma nódoa antiga que ocupa Belém com legitimidade dúbia, supostamente no cargo de Presidente da República. Poderá sê-lo oficialmente, mas é um PR sectário, profundamente partidário e um revanchista de direita que Soares não se farta de desmascarar.
Mário Soares aconselha Cavaco e os do governo a demitirem-se
"enquanto é tempo". Diz ele que não deseja que sejam vítimas de violência. Soares preservando a democracia, como diz e sempre o fez. Evidentemente que os portugueses estão saturados, estão em desespero, estão fartos de ser pacientes com aqueles que elegeu por via de falsas promessas. Os mesmos que estão a ser eficientissimos na sementeira das razões que possam descambar em violência.
Mas hoje, não é só na Aula Magna que se brada contra o governo e contra Cavaco Silva. Também os polícias, na ordem de quase uma dezena de milhar, se manifestam em Lisboa e um pouco por todo o país. Apesar do adiantado da hora muitos milhares de policias estão frente à Assembleia da República exigindo a demissão do governo e pronunciando uma palavra que pelo seu significado é preocupante e mostra quando o cálice da tolerância está cheio. "Invasão" (da Assembleia da República) é o que se ouve dizer aos polícias manifestantes, que já derrubaram as grades de segurança e já subiram as escadarias exteriores que dão acesso ao Parlamento.
A paciência está mesmo a esgotar-se, não só à polícia mas sim aos portugueses miserabilizados por um governo e um Presidente da República que não olham a meios para atingir os seus objetivos: o empobrecimento de Portugal e o enriquecimento só de uns quantos. Insistindo na injustiça e na desigualdade contrária à Constituição da República Portuguesa que juraram cumprir mas que não cumprem, nem respeitam.
A paciência está mesmo a esgotar-se, não só à polícia mas sim aos portugueses miserabilizados por um governo e um Presidente da República que não olham a meios para atingir os seus objetivos: o empobrecimento de Portugal e o enriquecimento só de uns quantos. Insistindo na injustiça e na desigualdade contrária à Constituição da República Portuguesa que juraram cumprir mas que não cumprem, nem respeitam.
Realmente é melhor demitirem-se e irem embora em paz, enquanto é tempo. Como aconselha Mário Soares e qualquer outra pessoa que preze a democracia.
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