A política externa
do governo estadunidense é uma coleção de fracassos. A constatação é mais um
dado a sinalizar o declínio histórico dessa potência imperialista, cada vez
mais isolada no concerto internacional, o que leva a Casa Branca a atitudes
reveladoras de desespero.
Vermelho, editorial
Na semana passada, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 188 votos de seus 193 membros, um projeto de resolução que propõe o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra a ilha revolucionária por mais de meio século. Pela 22ª vez consecutiva, a plenária dos membros da ONU respaldou de maneira categórica o fim do bloqueio, que mais uma vez foi recusado apenas pelos Estados Unidos e Israel, com três abstenções (Micronésia, Ilhas Marshall e Palau).
Foi a demonstração da claríssima vontade de que se ponha fim a flagrante injustiça contra um povo laborioso e uma nação soberana. A exigência praticamente unânime demonstra que nesta questão a política imperialista dos Estados Unidos se choca com a vontade de quase todos os países.
O mesmo fenômeno do isolamento estadunidense por defender causas injustas se manifesta em outros temas referentes a outras latitudes. No ano passado, por ampla maioria, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a Palestina como um Estado observador não membro. A decisão elevou o status do Estado palestino perante a ONU e significou uma retumbante vitória política e diplomática do povo palestino. A resolução do organismo internacional foi aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia Geral. Houve nove votos contrários e 41 abstenções. Os votos contrários foram de EUA, Israel, Canadá, República Tcheca, Palau, Nauru, Micronésia, Ilhas Marshall e Panamá. Contudo, no âmbito do Conselho de Segurança, os Estados Unidos são o único país a obstaculizar, com o seu poder de veto, o exercício dos direitos dos palestinos na ONU, considerando como “unilateral” a proclamação do Estado palestino, malgrado o apoio da esmagadora maioria dos países.
Os Estados Unidos não têm compromisso com a paz no Oriente Médio nem com a solução, como proclamam, do conflito palestino-israelense. Todo o seu empenho na região é condicionado por seus interesses geoestratégicos, os quais, por sua vez, estão em simbiose com a política expansionista e genocida do regime sionista israelense. Ao adotar e cultivar tal posição, o imperialismo estadunidense se choca com a maioria das nações democráticas do mundo e mantém-se isolado.
Ainda no que se refere ao Oriente Médio, os Estados Unidos exercem sua política externa polarizando com inimigos inventados. Desde o governo de George W. Bush [2001-2008], o alvo de Washington é o chamado terrorismo, para cujo combate pratica intervenções externas, militariza a vida no planeta, transforma a guerra de agressão em rotina e exerce o terrorismo de Estado. Mais grave ainda, os Estados Unidos individualizam o “combate ao terrorismo”, na luta contra determinados Estados soberanos, como a Síria e o Irã, países que resistem ao imperialismo na região do Oriente Médio, lutam contra o regime israelense, apoiam a causa palestina e se recusam a jogar o papel de instrumento dos interesses hegemônicos dos EUA.
Por isso mesmo, uma das mais contundentes derrotas políticas e diplomáticas dos últimos tempos infligidas à política externa estadunidense foi a ação positiva combinada entre o governo sírio e a Rússia, que souberam neutralizar e esvaziar os pretextos para a intervenção estrangeira no país árabe e impedir a aprovação de uma resolução pelo Conselho de Segurança da ONU que autorizasse a ação bélica.
Por fim, na coleção de fracassos da política externa dos Estados Unidos, destaca-se o escândalo – que envolve não só o Departamento de Estado e a CIA, mas a própria Casa Branca – em torno da revelação da espionagem sobre chefes de Estados e de governos, inclusive de países considerados aliados dos Estados Unidos.
O isolamento e as sucessivas derrotas das posições políticas e diplomáticas do imperialismo norte-americano constituem um fator a ser considerado na análise da situação internacional, um ponto positivo na luta dos povos por seus direitos, autodeterminação e soberania, e indica que podem ocorrer alterações ponderáveis na correlação de forças no plano mundial.
Na semana passada, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 188 votos de seus 193 membros, um projeto de resolução que propõe o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra a ilha revolucionária por mais de meio século. Pela 22ª vez consecutiva, a plenária dos membros da ONU respaldou de maneira categórica o fim do bloqueio, que mais uma vez foi recusado apenas pelos Estados Unidos e Israel, com três abstenções (Micronésia, Ilhas Marshall e Palau).
Foi a demonstração da claríssima vontade de que se ponha fim a flagrante injustiça contra um povo laborioso e uma nação soberana. A exigência praticamente unânime demonstra que nesta questão a política imperialista dos Estados Unidos se choca com a vontade de quase todos os países.
O mesmo fenômeno do isolamento estadunidense por defender causas injustas se manifesta em outros temas referentes a outras latitudes. No ano passado, por ampla maioria, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a Palestina como um Estado observador não membro. A decisão elevou o status do Estado palestino perante a ONU e significou uma retumbante vitória política e diplomática do povo palestino. A resolução do organismo internacional foi aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia Geral. Houve nove votos contrários e 41 abstenções. Os votos contrários foram de EUA, Israel, Canadá, República Tcheca, Palau, Nauru, Micronésia, Ilhas Marshall e Panamá. Contudo, no âmbito do Conselho de Segurança, os Estados Unidos são o único país a obstaculizar, com o seu poder de veto, o exercício dos direitos dos palestinos na ONU, considerando como “unilateral” a proclamação do Estado palestino, malgrado o apoio da esmagadora maioria dos países.
Os Estados Unidos não têm compromisso com a paz no Oriente Médio nem com a solução, como proclamam, do conflito palestino-israelense. Todo o seu empenho na região é condicionado por seus interesses geoestratégicos, os quais, por sua vez, estão em simbiose com a política expansionista e genocida do regime sionista israelense. Ao adotar e cultivar tal posição, o imperialismo estadunidense se choca com a maioria das nações democráticas do mundo e mantém-se isolado.
Ainda no que se refere ao Oriente Médio, os Estados Unidos exercem sua política externa polarizando com inimigos inventados. Desde o governo de George W. Bush [2001-2008], o alvo de Washington é o chamado terrorismo, para cujo combate pratica intervenções externas, militariza a vida no planeta, transforma a guerra de agressão em rotina e exerce o terrorismo de Estado. Mais grave ainda, os Estados Unidos individualizam o “combate ao terrorismo”, na luta contra determinados Estados soberanos, como a Síria e o Irã, países que resistem ao imperialismo na região do Oriente Médio, lutam contra o regime israelense, apoiam a causa palestina e se recusam a jogar o papel de instrumento dos interesses hegemônicos dos EUA.
Por isso mesmo, uma das mais contundentes derrotas políticas e diplomáticas dos últimos tempos infligidas à política externa estadunidense foi a ação positiva combinada entre o governo sírio e a Rússia, que souberam neutralizar e esvaziar os pretextos para a intervenção estrangeira no país árabe e impedir a aprovação de uma resolução pelo Conselho de Segurança da ONU que autorizasse a ação bélica.
Por fim, na coleção de fracassos da política externa dos Estados Unidos, destaca-se o escândalo – que envolve não só o Departamento de Estado e a CIA, mas a própria Casa Branca – em torno da revelação da espionagem sobre chefes de Estados e de governos, inclusive de países considerados aliados dos Estados Unidos.
O isolamento e as sucessivas derrotas das posições políticas e diplomáticas do imperialismo norte-americano constituem um fator a ser considerado na análise da situação internacional, um ponto positivo na luta dos povos por seus direitos, autodeterminação e soberania, e indica que podem ocorrer alterações ponderáveis na correlação de forças no plano mundial.
Sem comentários:
Enviar um comentário