segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Portugal - Carvalho da Silva: “É UM DRAMA TER ESTE PRESIDENTE DA REPÚBLICA”

 


O antigo líder da central sindical CGTP, Carvalho da Silva, defende, em entrevista ao Diário Económico e Antena1, que “um dos maiores dramas que aconteceu” a Portugal “foi, neste período” de crise “ter o Presidente da República que tem”. Na opinião de Carvalho da Silva, o País precisa de um chefe de Estado “capaz de puxar pelos interesses dos portugueses”.
 
Em entrevista ao Diário Económico e à rádio Antena1, o sociólogo e ex-líder da CGTP, Carvalho da Silva, afirma que Portugal precisava de “alguém que se assumisse perante um Governo, que se submeteu e que se porta como um Executivo de um país ocupado”, ou seja, “de um outro Presidente da República que fosse capaz de puxar pelos interesses dos portugueses”.
 
Mas em vez disso, refere Carvalho da Silva, “um dos maiores dramas que aconteceu a este País foi, neste período [de crise], ter o Presidente da República que tem. Isto é um drama”.
 
Apesar de considerar que “os partidos tentam fazer o melhor possível”, o antigo sindicalista sublinha que “há agendas que estão baralhadas”, como por exemplo no “Partido Socialista (PS), a charneira no País” que não mostra “uma proposta concreta que apresente dimensões de ruptura ou dimensões de compromisso”.
 
“Precisamos de inovação política, incorporando ruptura, mas também ampliando compromissos. Isto pode parecer contraditório, mas é mesmo assim. Não vamos ter resposta à actual situação sem compromissos muito amplos na sociedade”, sustenta.
 
Porém, prossegue Carvalho da Silva, “a solução não está no centrão. Partes do centrão poderão e deverão ter um contributo importante, mas há demasiadas porcarias no centrão que vão ter de ser limpas”. Neste sentido, acrescenta, “precisamos que as pessoas se envolvam na acção política, que estejam dispostas a sujar as mãos e (…) até a levar porrada, quando decidem vir ajudar à saída [da actual situação]”.
 
“Vivemos um tempo em que nos devemos mover não por ambições pessoais, mas por esta necessidade de haver mais acção e de encontrar respostas”, apela Carvalho da Silva, nesta entrevista ao Diário Económico e à Antena1.
 
Notícias ao Minuto
 

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