O antigo líder da
central sindical CGTP, Carvalho da Silva, defende, em entrevista ao Diário
Económico e Antena1, que “um dos maiores dramas que aconteceu” a Portugal “foi,
neste período” de crise “ter o Presidente da República que tem”. Na opinião de
Carvalho da Silva, o País precisa de um chefe de Estado “capaz de puxar pelos
interesses dos portugueses”.
Em entrevista ao
Diário Económico e à rádio Antena1, o sociólogo e ex-líder da CGTP, Carvalho da
Silva, afirma que Portugal precisava de “alguém que se assumisse perante um
Governo, que se submeteu e que se porta como um Executivo de um país ocupado”,
ou seja, “de um outro Presidente da República que fosse capaz de puxar pelos
interesses dos portugueses”.
Mas em vez disso,
refere Carvalho da Silva, “um dos maiores dramas que aconteceu a este País foi,
neste período [de crise], ter o Presidente da República que tem. Isto é um
drama”.
Apesar de
considerar que “os partidos tentam fazer o melhor possível”, o antigo
sindicalista sublinha que “há agendas que estão baralhadas”, como por exemplo
no “Partido Socialista (PS), a charneira no País” que não mostra “uma proposta
concreta que apresente dimensões de ruptura ou dimensões de compromisso”.
“Precisamos de
inovação política, incorporando ruptura, mas também ampliando compromissos.
Isto pode parecer contraditório, mas é mesmo assim. Não vamos ter resposta à
actual situação sem compromissos muito amplos na sociedade”, sustenta.
Porém, prossegue
Carvalho da Silva, “a solução não está no centrão. Partes do centrão poderão e
deverão ter um contributo importante, mas há demasiadas porcarias no centrão
que vão ter de ser limpas”. Neste sentido, acrescenta, “precisamos que as
pessoas se envolvam na acção política, que estejam dispostas a sujar as mãos e
(…) até a levar porrada, quando decidem vir ajudar à saída [da actual
situação]”.
“Vivemos um tempo
em que nos devemos mover não por ambições pessoais, mas por esta necessidade de
haver mais acção e de encontrar respostas”, apela Carvalho da Silva, nesta
entrevista ao Diário Económico e à Antena1.
Notícias ao Minuto
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