sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Portugal: MANIFESTAÇÃO JÁ SE FAZ OUVIR FRENTE À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

 


Enquanto os deputados debatem em plenário a aprovação do Orçamento do Estado para 2014, à porta da Assembleia da República ecoam gritos de revolta contra as medidas previstas no documento que traça o destino do País, e da carteira dos portugueses, para o próximo ano.
 
“Demissão, demissão!”. Estas são as palavras de ordem que podem ouvir-se neste momento junto à Assembleia da República, onde estão concentradas centenas de pessoas, em virtude de uma iniciativa organizada convocada pela CGTP, que visa protestar contra o Orçamento do Estado para 2014, que hoje será aprovado na generalidade.
 
O protesto começou pouco depois das 10h00, altura em que se concentravam junto ao Parlamento cerca de uma centena de pessoas, mas o número de manifestantes foi aumentando mais perto das 11h00, quando se juntaram duas colunas, uma proveniente da Rua de S. Bento e outra da Rua de S. Carlos.
 
Pouco antes, os estivadores anunciaram ruidosamente a sua chegada, descendo de punho no ar uma das escadas de acesso à Assembleia da República gritando: "Passos, escuta, és um ..." e "a escumalha de Portugal são vocês".
 
Vítor Alua, um professor reformado, de 68 anos, é um dos manifestantes que hoje quiseram marcar presença no protesto, porque é "contra os neoliberais que estão no Governo".
 
Envergando um chapéu de bruxa e uma foice, num traje alusivo ao Dia de Halloween, que se celebra de 31 de Outubro para 1 de Novembro, o antigo professor lamentou as políticas que lhe levaram parte substancial da reforma e prejudicaram outros membros da família.
 
A mulher, exemplificou, foi despedida do restaurante onde trabalhava "cujos patrões também estão aflitos", devido à subida do IVA e uma filha, com 40 anos, foi obrigada a emigrar para Cabo Verde.
 
Questionado sobre se espera que a sua presença pode contribuir para algumas mudanças, Vítor Alua sublinhou que o que conta não são as palavras, mas sim a intenção.
 
"Sou pela educação, mas admiro os 'sound bytes', o chavão político dos estivadores", rematou.
 
Os protestos de hoje são organizados pela CGTP numa iniciativa que tem como lema "Não ao Orçamento da Exploração e do Empobrecimento. Acabar com o roubo dos salários e dos feriados. Demitir este Governo, Eleições Antecipadas!".
 
Recorde-se que no dia do protesto da central sindical que se concentrou em Alcântara, Arménio Carlos chamou "todos à Assembleia da República”, no dia que se aprovará na generalidade o Orçamento do Estado para 2014.
 
Notícias ao Minuto, com Lusa
 

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