26 de Novembro de 2013, 22:57
O Presidente russo
tem feito uma aproximação ao Cristianismo, defendendo os valores cristãos
contra a “decadência ocidental” e colocando-se como protector das minorias
cristãs perseguidas.
Vladimir Putin, o
presidente da Federação Russa, esteve segunda-feira à noite em Roma, onde se
encontrou com o Papa Francisco.
A questão da Síria
esteve no centro das atenções da conversa, com ambos a expressar, por via de
intérpretes, a sua preocupação pelo país.
Putin agradeceu ao
Papa a carta que lhe escreveu em Setembro, quando o G20 se encontrou em
Moscovo, em que pedia aos líderes para colocarem de lado a procura “fútil de
uma solução militar para o problema”.
Na altura a carta
deu força à Rússia, que estava a tentar evitar uma intervenção internacional
liderada pelos Estados Unidos, o que acabou por conseguir.
O encontro entre
Putin e o Papa Francisco é especialmente interessante uma vez que ao longo dos
últimos anos o Presidente russo tem feito uma aproximação ao Cristianismo,
nomeadamente através da renascida Igreja Ortodoxa Russa, defendendo os valores
cristãos contra a “decadência ocidental” e colocando-se como protector das
minorias cristãs perseguidas, como por exemplo no Médio Oriente e
especificamente na Síria.
A Igreja Ortodoxa
da Rússia é a maior, de longe, das igrejas ortodoxas e ao longo dos últimos
anos tem havido alguns avanços ecuménicos nas relações entre Roma e Moscovo.
Contudo, os russos continuam a adiar um encontro entre o Patriarca de Moscovo e
o Papa, que tem sido tentado desde João Paulo II.
No encontro
Vladimir Putin fez chegar ao Papa saudações da parte do Patriarca Cirilo, de
Moscovo, mas segundo o Gabinete de Imprensa da Santa Sé, não foram discutidos
assuntos ecuménicos.
Sapo TL com
Renascença – foto EPA@ L'Osservatore Romano
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