A Ucrânia irá
esperar por melhores condições antes de considerar uma eventual assinatura de
um acordo de associação com a União Europeia (UE), disse hoje o Presidente
ucraniano, Viktor Ianoukovitch.
"Assim que
atingirmos um nível que seja confortável para nós, quando coincidir com os
nossos interesses, quando concordarmos sobre as condições normais, então
poderemos falar da assinatura" do documento, afirmou o chefe de Estado
ucraniano, numa entrevista transmitida pelos canais de televisão do país.
"Quando isso
acontecer -- em breve ou mais tarde -- iremos ver. Quero que seja o mais breve
possível. Fizemos a nossa escolha, e não temos dúvidas, mas sobre as condições,
é uma questão de princípio", referiu Viktor Ianoukovitch.
O Presidente
ucraniano acusou a UE de usar esta oferta como um "rebuçado doce"
para persuadir a Ucrânia a assinar um acordo com o Fundo Monetário
Internacional (FMI), impondo uma subida dos preços do gás e do aquecimento para
a população ucraniana e o congelamento dos salários e das pensões em troca de
um empréstimo de 610 milhões de euros.
"Não seremos
humilhados desta maneira. Somos um país sério, um país europeu (...). Nunca o
aceitaria", sublinhou o líder ucraniano.
"Vamos fazer
de tudo para que a Ucrânia fique mais forte economicamente, para que a vida das
pessoas seja melhor, para que o país seja mais competitivo", reforçou.
Na semana passada,
o governo da Ucrânia decidiu inesperadamente renunciar à assinatura de um
acordo de associação e de um acordo de comércio livre com a UE.
A oposição acusou o
governo de ter cedido à pressão da Rússia, que tinha claramente advertido Kiev
das consequências comerciais de um acordo com a UE.
A assinatura estava
prevista para a cimeira da Parceria Oriental da UE em Vilnius (Lituânia),
prevista para quinta e sexta-feira.
A recusa das
autoridades de Kiev gerou vários protestos pró-europeus, que degeneraram em
confrontos.
Lusa – em Notícias
ao Minuto
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