São Tomé e Príncipe
Garantia da
Autoridade Conjunta no Jantar – Debate organizado pelo Circuito Económico
Francófono. A autoridade Conjunta explicou aos operadores económicos
francófonos, que a petrolífera Total, decidiu abandonar o bloco porque a
quantidade de petróleo descoberta não satisfaz os parâmetros definidos por uma
grande empresa como a francesa Total.
Os estudos e
perfurações feitos pela empresa francesa Total no bloco 1, indicam que há
petróleo suficiente para extrair 19 mil barris por dia, durante 15 anos. Foi a explicação
que a Autoridade Conjunta São Tomé e Príncipe-Nigéria, deu aos membros do
Circuito Económico Francófono, no Debate-Jantar, que esta organização de
empresários francófonos organizou na última sexta – feira. «Tem uma capacidade
de produção em torno de 100 milhões de barris como reserva e a qualidade de
petróleo é bastante boa», assegurou Arzemiro dos Prazeres, representante da
Autoridade Conjunta no evento da última sexta – feira.
As perspectivas de
exploração de petróleo, após a retirada da empresa francesa Total do bloco 1 da
zona conjunta, foi o principal tema da conferência.
Arzemiro dos
Prazeres que representou a Autoridade Conjunta São Tomé e Príncipe-Nigéria,
explicou que o bloco 1tem futuro. A retirada da Total que tinha projectado para
2015, a exploração real do petróleo no referido bloco, não põe em causa o
processo. «Depois da saída da Total encontramo-nos numa fase de negociação com
empresas independentes, que tem estruturas menores que a Total, mas que tem
conhecimento profundo da produção em águas profundas. A autoridade conjunta tem
recebido alguns interessados. Esperamos que brevemente possam avançar para
situações mais concretas», destacou Arzemiro dos Prazeres.
Segundo a
Autoridade Conjunta, o importante é analisar as propostas das empresas que
estão a manifestar interesse em explorar o petróleo existente no bloco 1. «Agora
é encontrar-se uma empresa que tenha capacidade financeira e conhecimentos na
perfuração em grande profundidade. Sem o casamento desses dois factores fica
muito difícil. Mas acreditamos que há muita possibilidade de se chegar a uma
definição, com uma empresa ou um consórcio de empresas para que se ponha em
efectividade a operacionalidade do bloco», detalhou o representante da
Autoridade Conjunta.
Se os estudos
feitos pela Total, indicam que o bloco 1 tem reservas petrolíferas na ordem e
100 milhões de barris, os membros do Circuito Económico Francófono, quiseram
entender porque razão a Total se retirou? «Pelas informações que foram dadas o
nível de percentagem da descoberta não está de acordo com os parâmetros
definidos pelas grandes empresas como a total», explicou Arzemiro dos Prazeres.
Ouro negro que se
descobriu no bloco 1 parece não satisfazer a estratégia de lucro da Total.
No que concerne a
zona económica exclusiva são-tomense, o Circuito Económico francófono em São
Tomé e Príncipe, recebeu explicações de Cristina Dias, enquanto Directora
Administrativa da Agência Nacional de Petróleo. Explicou que o país assinou
acordo de partilha de produção para exploração de 3 blocos de petróleo.
O bloco 3 com a
Orantum Petroleum empresa nigeriana, a Equator Exploration, e a Sinoangola
empresa de capital chinês e angolano. « Temos a Orantum que está mais avançado.
Segundo o programa já em fevereiro do próximo ano, vão começar a fazer os
estudos sísmicos de 3 dimensões», sublinhou Cristina Dias.
A Equator
Exploration que ganhou direito sobre o bloco 5 da ZEE, como consequência de
acordos assinados no passado, não estará a dar sinais de progresso na
implementação do programa de exploração do bloco. «Neste momento está um pouco
estagnado. Estamos a tentar reactivar este processo, para darmos continuidade
aos trabalhos na nossa zona económica exclusiva», pontuou Cristina Dias.
No que concerne ao
bloco 2 atribuído a empresa Sinoangola, a Agência Nacional de Petróleo, diz que
aguarda com base na lei o pagamento do bónus de assinatura. «Estamos em crer
que a partir do próximo ano teremos já actividade em termos de estudos sísmicos
e de impacto ambiente a nível desse bloco», conclui.
Explicações sobre o
dossier petróleo que deixou o Circuito Económico Francófono, crente de que a
exploração do petróleo será realidade em São Tomé e Príncipe. Enquanto o ouro
negro não jorra, o presidente do Circuito Económico Francófono, incentivou os
empresários francófonos em São Tomé a continuar a aposta firme noutras
riquezas, que fazem estas ilhas serem maravilhosas. «São Tomé e Príncipe é uma
mina de Ouro em diversos sectores, não falemos do ouro negro, que é o petróleo,
mas do ouro branco que é o cacau e o chocolate, o ouro vermelho que é o óleo de
palma. O que se deve reter esta noite é que um dia o petróleo vai jorrar dos
poços», declarou Jean Marie Ecrepon.
Circuito Económico
francófono, nasceu há 2 anos. Para além de apoiar os empresários francófonos
que buscam oportunidade de negócios em São Tomé e Príncipe, pretende trabalhar
em parceria com as autoridades nacionais na promoção do investimento privado estrangeiro
no país.
Abel Veiga – Téla Nón
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