Cecilia Lin – Hoje Macau
Foi dia de festa,
mas não só. Cinco associações e duas pessoas individuais participaram em
manifestações, ontem, e entregaram petições na sede do Governo. Segundo a PSP,
participaram 530 manifestantes, mas Jason Chao, presidente da Associação Novo
Macau (ANM), disse que eram 750.
Os problemas e
queixas são sempre os mesmos. A ANM empunhava cartazes com caracteres que
mostravam “conluio entre empresários e Governo”. Jason Chao pediu novamente o
sufrágio universal do Chefe do Executivo em 2019, porque, diz, todos os
problemas acontecem porque o Chefe do Executivo não precisa de ser
responsabilizado. “Esperava que pelo menos mil pessoas pudessem participar nas
manifestações, contudo, acho que ainda falta o reconhecimento de um sistema
democrata entre a sociedade.”
Também a Forefront
of the Macao Gaming voltou a atacar. Para eles, a manifestação serviu para
contestar o aumento das mesas de jogo e a importação dos trabalhadores não
residentes para o sector do jogo, apesar de Chui Sai On já ter dito mais que
uma vez que não serão importados croupiers estrangeiros. “Depois das
manifestações de Outubro, o Governo prometeu que ia estudar a legislação, mas
agora na Assembleia Legislativa já mudou de atitude. O pior é que,
recentemente, o secretário Francis Tam disse que não vai limitar o número de
mesas e isso é vai fazer com que se importem croupiers não-residentes, porque a
população de Macau não pode oferecer tantos croupier.”
O Conselho de
Preparação do Partido dos Operários, liderado pelo activista Lei Kin Ion e
Cheong Weng Fa, também entregaram a sua petição ao Chefe do Executivo. O tema?
Contra o conluio de empresários, o alto preço da habitação e o facto de o Governo
não ajudar os jovens a comprar casas. Outro assunto da petição é ainda contra a
eliminação das gaiolas nos prédios.
Cerca de cem pais
do grupo dos “filhos maiores do continente” partiu do Parque Iao Hon, para
pedir ao Governo que os ajude a reunir-se com os seus filhos em Macau. Disseram
ainda que os seus filhos podem ajudar resolver o problema de falta de recursos
humanos em Macau.
O pai da jovem em
estado vegetativo, que ficou assim por um alegado erro médico, também esteve
ontem nas manifestações, para recordar o assunto, apesar de o tribunal já lhe
ter negado razão.
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