Inquérito à
Fecundidade realizado a mais de sete mil portugueses confirma que perda de
população é inevitável.
Joana Pereira Bastos e Raquel Moleiro - Expresso
Portugal
transformou-se num país de filhos únicos. E nunca mais voltará a atingir 2,1
filhos por mulher, o patamar mínimo para a renovação das gerações. A perda de
população é inevitável.
Segundo o último
Inquérito à Fecundidade, que não era realizado desde 1997, os portugueses em
idade fértil têm apenas 1,03 filhos e, no máximo, admitem vir a ter 1,77.
Metade das pessoas em idade fértil (51% das mulheres e 46% dos homens) já tem
filhos e não planeia ter mais. Se a estes juntarmos os cerca de 10% que não
têm, nem querem ter, a maioria da população em idade de conceber não terá mais
descendência.
As dificuldades
económicas são apontadas como principal motivo para justificar a decisão de não
ter filhos ou não ter mais filhos, mas a crise está longe de explicar tudo. A
verdade é que a sociedade mudou.
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