A realização das
eleições gerais a 16 de março está em risco devido a vários constrangimentos
que podem atrasar o recenseamento. O Governo debate-se com várias paralisações.
Faltam também tinteiros para o recenseamento.
Uma greve de
funcionários do Parlamento da Guiné-Bissau ameaça a realização de uma sessão
extraordinária para debater o prolongamento do recenseamento eleitoral até ao
final de janeiro.
A decisão do
prolongamento foi tomada pelos atores políticos e militares guineenses no
início do mês, face ao baixo número de registos em dezembro. Mas o
prolongamento apenas será possível com o voto do Parlamento. Só se a lei for
alterada as eleições gerais poderão realizar-se na data prevista, 16 de março.
Isto porque, para
que o período de recenseamento seja prolongado sem mexer na data das eleições,
o Parlamento tem de encurtar o prazo previsto para que os cadernos eleitorais
sejam publicados em locais públicos, 60 dias antes do escrutínio – ou seja, esta
quarta-feira (15.01).
Falando em nome dos
funcionários do Parlamento guineense, que reclamam o pagamento de dois meses de
salários em atraso e subsídios de viagens, Justino Sá diz que, neste momento,
está à espera da sessão parlamentar para se poder retomar a greve.
"A greve agora
não vai ter impacto nenhum, porque a Assembleia não está a reunir", disse.
"Por isso achámos por bem suspender a greve esperando o início da reunião
da plenária para a retomar."
Justino Sá
acrescenta que, até agora, o Governo ainda não deu resposta às reivindicações
dos funcionários sobre o pagamento dos meses de salário em atraso.
Faltam tinteiros
Outro problema que
também provoca atrasos assinaláveis no processo de recenseamento é a falta de
tinteiros para as máquinas que devem imprimir os cartões de eleitor. Várias
pessoas já foram recenseadas, mas até ao momento não receberam os seus
respetivos cartões de eleitor.
"Recenseei-me
há duas semanas e quero ter o meu cartão", afirmou um guineense.
"Passo ali de vez em quando, para ver, mas dizem-me sempre que estão a
trabalhar para nos entregar o cartão."
Decorridos cerca de
40 dias do processo de recenseamento, o Governo de transição anunciou que cerca
de 60 por cento de eleitores estavam cadastrados, havendo ainda zonas da
Guiné-Bissau por recensear.
Batista Té,
ministro da Administração Territorial, entidade do governo que coordena todo o
processo eleitoral, faz contudo um balanço positivo.
"Estamos a
evoluir muito. Estamos muito satisfeitos com os nossos jovens, os rapazes, que
até nesse momento ponderaram e estão a compreender as dificuldades que temos no
terreno", disse o ministro guineense.
Greve nas
Alfândegas
Enquanto a
população guineense espera poder votar no dia 16 de março, o porto comercial de
Bissau vai permanecer encerrado devido a uma greve geral nas Alfândegas do país
até quinta-feira (16.01).
Os funcionários
reclamam o pagamento de 12 meses de subsídios previstos na lei, segundo
Gregório Mbana, da comissão que convocou a paralisação.
"A Alfândega
está de greve porque [os funcionários] estão a reclamar as remunerações
acessórias que não foram pagas durante um ano", afirmou Mbana.
"Reunimos com o Governo, mas não chegámos a um entendimento."
Deutsche Welle – Autoria:
Braima Darame (Bissau) / LUSA – Edição: Guilherme Correia da Silva / António
Rocha
1 comentário:
TUDO O QUE SE PASSA NA GUINE BISSAU E SEMPRE O CADOGO HA GREVES E CADOGO,HA ESPANCAMENTOS E CADOGO,DESTRIPAR AS CRIANCAS POR ORGAOS E CADOGO OS 15 TURCOS MAIS 30 E 74 E SEMPRE CADOGO O TRAFICO DOS NOSSOS PASSAPORTES DIPLOMATICOS E CADOGO OS PELUPES QUE FORAM ASSASSINADOS E CADOGO. A LISTA E TAO GRANDE DOS CRIMES DO CADOGO.QUE VERGONHA?
Enviar um comentário