domingo, 2 de fevereiro de 2014

Portugal: O PS É CONTINUIDADE, NÃO É ALTERNATIVA

 

Balneário Público
 
João Galamba, deputado do Partido Socialista, foi entrevistado pela TSF/Dinheiro Vivo. Um entrevistador destacou-se, creio que jornalista do Dinheiro Vivo. O sujeito parecia um fanático do CDS ou do PSD. Um entrevistador acintoso e, pela relevância deixada, tendencioso. Mas mesmo assim ajudou a esclarecer o atual e futuro conteúdo do PS – sem novidade para os mais atentos. Disse Galamba que o PS ainda não está preparado para ser alternativa“. Pois não. Não está nem estará – a continuar por este caminho. O PS, ao contrário do dito por Galamba, há muito que não é alternativa ao PSD ou ao CDS mas sim continuidade das suas políticas. São um em três. Possui o PS máscaras de socialista tão falsas quanto a falsidade de Passos expressa durante a sua campanha eleitoral e comprovada após ser empossado primeiro-ministro. O Partido Socialista não é melhor nem pior para os portugueses que o PSD ou o CDS. Fazem parte do mesmo esquema. Os PS antigos não eram tanto assim (havia até os que nem eram assim de todo) mas desde que no PS passou a prevalecer a amálgama de neoliberais pseudo considerados de socialistas – rendidos às políticas do mercado e dos mercadores – passou a ser. Galamba ou é ingénuo ou anda distraído. Se foi para o PS esperançado em dar a volta ao partido será melhor tirar os cavalinhos da chuva. Esqueça e parta para outra. É que o PS está enxameado de falsos sociais-democratas, de falsos socialistas. Como se tem visto. O PS não é nem virá a ser alternativa ao CDS, nem ao PSD, nem a este terrível governo. É simplesmente a continuidade daqueles clamando com enorme falsidade que é diferente. O que vimos é que nuns e noutro não existem diferenças que possam vir a contribuir para melhor Portugal, melhores políticas com vista a mais democracia, mais justiça, mais igualdade na distribuição da riqueza que pertence cada vez mais a uma dúzia de sortudos – para não dizer de mafiosos que se apossaram e continuam a apossar das máquinas político partidárias, fazendo dos componentes dessas máquinas mafiosos serviçais que gravitam à babuja de vantagens e mordomias. O Partido Socialista já foi, atualmente não existe. Acreditando na honestidade de Galamba resta deixar um recado: Malhar em ferro frio não molda a forma daquilo que se pretende. E o que se pretende é uma sociedade mais justa, como consta na declaração de princípios do Partido Socialista. Item por cumprir e que jamais o PS atual cumprirá.
 
Ana Castelar
 
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