Díli, 02 fev (Lusa)
- O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, defendeu hoje como uma
"prioridade nacional" o aumento da capacidade operacional da força
naval para evitar a pesca ilegal e a perda de "milhões de dólares" no
mar do país.
Taur Matan Ruak
discursava na cerimónia de comemoração do 13.º aniversário da criação das
Forças de Defesa de Timor-Leste.
"O nosso país
continua a perder, todos os anos, muitos milhões de dólares, através da pesca
ilegal por barcos estrangeiros no Mar de Timor. O aprofundamento da capacidade
operacional e dos meios de serviço da componente naval continua, por isso, a
ser uma prioridade nacional", afirmou o chefe de Estado timorense.
Para Taur Matan
Ruak, cada dólar investido no desenvolvimento da componente naval vai ser
recuperado com a "realização de receitas na atribuição de licenças de
pesca legal e a capacidade para assegurar uma gestão mais sustentável da
riqueza piscícola" do mar do país.
No discurso, o
Presidente timorense defendeu também que o desenvolvimento de outras unidades,
nomeadamente engenharia e sanitária, para aumentar o apoio dos militares à
população civil.
"Os militares
podem aprofundar a sua participação na implementação de projetos de
desenvolvimento social, como renovação de escolas, reparação de pontes e
aumentar a capacidade de assistência às populações civis em casos de desastres
naturais, ou quando o Governo considerar útil a participação dos militares",
disse.
O Presidente
timorense, que ocupou o cargo de chefe de Estado-Maior General das Forças de
Defesa de Timor-Leste até 2011, pediu também aos militares
"disciplina" para desempenharem com "êxito as suas
missões".
"O exemplo do
espírito de serviço dos heróis da libertação nacional e o cumprimento rigoroso
da disciplina são indispensáveis para os militares aperfeiçoarem o seu trabalho
e continuarmos a erguer as forças profissionais e componentes que desejamos e
que o país precisa", disse.
As Forças da Defesa
de Timor-Leste foram criadas a 02 de fevereiro de 2001, em Aileu, com base nas
unidades da guerrilha timorense, que lutou pela restauração da independência do
país.
Na cerimónia
participaram vários membros do Governo, representante do corpo diplomático
acreditado no país e o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da
Malásia, Zulki-feli bin Mohamad Zin.
MSE // MSF - Lusa
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