Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal são os quatro países da África Ocidental que vão
beneficiar de um projeto regional de apoio de emergência para reforçar os meios
de subsistência das populações mais vulneráveis.
Numa nota, a
representação em Cabo Verde do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO) adianta hoje que o projeto, em que também participa o Japão,
é orçado em dois milhões de dólares (1,48 milhões de euros), e destina-se ao
setor agrícola, sobretudo às famílias que dependem da agricultura de pequena
escala.
Segundo o
documento, o projeto visa fornecer aos agricultores e criadores de gado
ferramentas para reconstruir a sua atividade, implementar as melhores práticas
e técnicas de produção de forma a aumentar a competitividade, restaurar a
segurança alimentar e diminuir a vulnerabilidade.
A FAO indica, por
outro lado, que o desafio da segurança alimentar na África Ocidental e no Sahel
é "muito complexo" e que milhões de pessoas são afetadas pela má
nutrição.
"O setor
agrícola desempenha um papel preponderante na África Ocidental. A maioria das
famílias depende de agricultura de pequena escala, a principal fonte de
subsistência, com as mulheres a desempenharem um papel importante na produção,
transformação e comercialização dos produtos agrícolas", lê-se na nota.
Estas populações,
prossegue a nota, são confrontadas diariamente com novos desafios, entre eles
as crises humanitárias "devastadoras", "dificuldades" no
acesso aos mercados e "flutuações de preços" nos mercados globais e
regionais.
São afetadas
igualmente pela "degradação" ambiental, mudanças climáticas e pelo
"alto crescimento" demográfico, com "impactos importantes"
na organização, dinâmica e viabilidade dos seus sistemas de produção.
A FAO estima que,
em 2014, 20 milhões de pessoas vão estar ainda sob risco de insegurança
alimentar e nutricional, e cinco milhões de crianças em risco de mal nutrição
aguda.
Em Cabo Verde, a
agricultura está a passar por mudanças resultantes de investimentos feitos pelo
Governo nos domínios dos recursos hídricos e da mobilização de terras
cultiváveis sob irrigação, sobretudo através da construção de barragens, que
permitem reter as águas pluviais.
JSD // APN – Lusa –
foto Claudio Peri/Ansa
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