A malária continua
a ser a principal causa de morte em Angola, e a capital, Luanda, com 1,1
milhões de casos registados, concentra cerca de 35 por cento do total de casos
no país, revelou hoje uma responsável sanitária.
A directora
provincial de Saúde de Luanda, Rosa Bessa, adiantou, citada pela agência Angop,
que a capital angolana concentra também cerca de 40 por cento das mortes de
fetos e de bebés com menos de uma semana de vida e 25 por cento da mortalidade materna.
Rosa Bessa, que
falava no III Encontro Provincial do Programa de Controlo da Malária, apontou
os municípios de Luanda, Belas, Cazenga e Icolo e Bengo como as zonas de maior
risco de transmissão da malária.
"Sabemos que
13 por cento dos casos aconteceram em cidadãos com menos de 14 anos e 38 por
cento do total em crianças com idades inferiores aos cinco anos", disse
Rosa Bessa, acrescentando que as mulheres grávidas, "outra preocupação",
somaram 12 por cento dos casos.
Rosa Bessa adiantou
que em 2013, em Luanda, 60 por cento das vítimas mortais foram crianças menores
de cinco anos e que as mortes provocadas pela malária em doentes até aos 14
anos, totalizaram 83 por cento do total.
A responsável para
a área da saúde em Luanda apelou para um maior empenho das administrações
locais no processo da luta contra a malária, frisando a necessidade de serem
localizados os grandes focos de reprodução dos mosquitos que transmitem a
doença.
Em finais de
Janeiro deste ano, o coordenador do Programa da Luta Contra a Malária, Filomeno
Fortes, também citado pela Angop, disse que em 2013 Angola registou uma
estabilidade no quadro da prevalência de malária.
Filomeno Fortes
disse que em 2013 foram registados três milhões de casos, um aumento em 100
casos comparativamente a 2012, o que permite considerar-se "estável"
a situação.
O especialista
disse ainda que somente 60 por cento dos casos diagnosticados foram testados e
deles apenas 40 por cento confirmados.
"Realizámos
estudos que comprovam a existência de alguns vírus que provocam quadros
clínicos parecidos com os da malária, como febres, dores de cabeça e
articulares", explicou Filomeno Fortes, sublinhando as debilidades de
alguns técnicos de saúde que "ainda continuam a diagnosticar falsamente
esses casos".
Lusa, em Novo Jornal
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