As águas marítimas
a sul da ilha cabo-verdiana de São Vicente vão ser palco, de 10 a 12 deste mês,
do quarto exercício naval "Saharan Express", com marinhas e
guardas-costeiras de 11 países, incluindo Portugal.
Ao apresentar hoje
o exercício nas instalações da Guarda Costeira em São Pedro, em São Vicente, o
comandante da unidade, tenente-coronel Anildo Morais, disse tratar-se de
"mais um momento de treino" em que as Forças Armadas cabo-verdianas
terão a possibilidade de interagir com agência, marinhas e guardas costeiras
"amigas".
"Este
exercício, que vai na quarta edição, mas que pela primeira vez tem uma área de
atuação em Cabo Verde, representa a vitalidade da cooperação militar com países
amigos e com avanços bastante consideráveis. Agora, estamos a retirar os
benefícios", considerou Anildo Morais, citado pela Inforpress.
O exercício,
segundo o comandante cabo-verdiano, enquadra-se nos objetivos da Guarda
Costeira, já que o cenário visa a fiscalização das pescas, planeada para
ocorrer ao longo de 2014, sendo compromissos oriundos da assinatura do Plano de
Ação para Redução da Pesca Ilegal, Não Regulada e Não Reportada.
O plano, acrescentou,
objetiva a salvaguarda dos recursos pesqueiros, turísticos e outros, proteção
ambiental, segurança interna, defesa nacional, combate de ilícitos de natureza
comercial, fiscal e aduaneira, combate ao narcotráfico e emigração clandestina
e ainda a realização de operações de busca e salvamento nas águas
cabo-verdianas.
O exercício está em
preparação desde setembro de 2013 e vai envolver marinhas e guardas costeiras
de Cabo Verde, Portugal, Estados Unidos, Mauritânia, França, Libéria, Marrocos,
Senegal, Espanha, Holanda e Reino Unido, num total de cerca de mil homens,
apoiados por unidades navais, aviões e helicópteros.
Segundo Anildo
Morais, o exercício conta com dois cenários, em que um será desenvolvido a sul
de São Vicente, e outro na costa dos vizinhos Mauritânia e Senegal, com ações
tendentes a "prevenir e atacar" o narcotráfico, a pesca ilegal e
poluição marítima, entre outros ilícitos.
Paralelamente e
antecedendo o exercício propriamente dito, os militares dos países envolvidos
serão alvo de ações de formação em terra, com aulas teóricas e exercícios
práticos, envolvendo as equipas de abordagem e os comandos.
JSD // APN - Lusa - foto João Relvas
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