Galo Negro
preocupado com "indiferença" do Presidente face ao assassinato de
militantes seus
Voz da América
O Secretariado
Executivo do Comité Permanente da Unita advertiu ontem, 9, em Luanda
que a indiferença do Presidente da República face aos recentes
assassinatos dos seus militantes no Kwanza Sul “pode conduzir o país para
uma situação de perigosa instabilidade”.
Em comunicado de imprensa, a direcção do principal partido da oposição
angolana, alega que a atitude de José Eduardo dos Santos “traduz o
encorajamento às práticas de intolerância política, ao assassinato de angolanos
por causa das suas opções político-partidárias e à impunidade”.
“O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Unita observou que a
intensificação de actos de intolerância é sustentada pelo ressurgimento das
Brigadas Comunitárias de Vigilância – uma reedição da Organização de Defesa
Popular (ODP), posteriormente designada 'Brigadas Populares de Vigilância' -
advogadas pelo Presidente da República, no seu discurso proferido durante a última
reunião do Comité Central do seu Partido”, refere o comunicado lido pelo seu
porta-voz, Alcides Sakala.
A unita manifestou-se também preocupada com o que descreve por “tendência clara
de regresso ao monolitismo”, supostamente manifestada através de
posicionamentos de destacados dirigentes do partido no poder, “com acentuadas
práticas de exclusão sócio-política dos angolanos”, tendo apelado aos
intelectuais e a figuras religiosas do país a denunciarem tais práticas.
A Unita diz-se igualmente preocupada, com a situação social e económica, que no
seu entender, “continua a degradar-se, com o agravamento da miséria, do
desemprego galopante, da quase inexistência de uma eficiente oferta de serviços
de saúde e de educação apesar de discursos oficiais em contrário”.
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Unita afirma lamentar o facto
de, alegadamente, alguns países estarem a privilegiar o que chama de
“comportamento mercantilista para com Angola”.
Sem comentários:
Enviar um comentário