A revista Newsweek revelou,
nesta quinta-feira (10), outra parte do plano dos Estados Unidos para
desestabilizar o governo de Cuba. A publicação denunciou a participação de
maçons em planos para derrubar Fidel Castro. Denúncia que se soma à revelação
de que a Usaid desenvolveu um programa secreto denominado ZunZuneo, uma espécie
de Twitter na ilha para incentivar mobilizações contra o governo cubano, como
foi divulgado na última semana pela agência Associated Press (AP).
A reportagem do
jornalista Jeff Stein, intitulada "Bahia dos Porcos: Como os maçons se
viram envolvidos em um complô para derrubar Castro" revela a participação
de Akram Elias, ex-Grande Mestre da Grand Lodge of Washington, em uma operação
encoberta da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional
(Usaid) para provocar uma mudança de governo na Ilha.
O Newsweek se
refere a Elias como "espião amateur envolvido em outra trama irresponsável
para derrocar o regime cubano". Segundo o texto, ele teria não só se
envolvido com planos para derrubar o governo da ilha, mas também o governo
sírio, tentando prover ambos os países de supostas capacidades tecnológicas das
redes de comunicação digital.
A reportagem questiona o fato de Elias possuir contratos de relações públicas
com 18 agências de Segurança Nacional no governo de Barack Obama, incluindo o
Departamento de Justiça, Departamento de Estado, Administração de Controle de
Drogas e o Departamento de Segurança Nacional, como informa seu site Capital
Group Communications.
De acordo com a publicação, ele era uma peça fundamental na campanha de longa
duração da Usaid para derrubar o governo de Cuba.
"Por que Elias? Por que Cuba?", pergunta-se o Newsweek. "Porque
(…) Elías era um alto oficial da maçonaria, centenária organização protestante
e com uma longa história em Cuba, oportunidade aproveitada pelos ideólogos de
direita da Usaid para dar outro giro à corrida na tentativa de derrubar o
regime comunista”, aponta.
A revista acrescenta que em 2009, Akram Elias esteve em Havana para se reunir
com Alan Gross, um subcontratado da Usaid, que em dezembro daquele ano foi
preso por introduzir ilegalmente equipamentos de comunicações avançadas de
Internet.
Um ano após a detenção de Gross, a Usaid "decidiu clandestinamente lançar
uma rede ao estilo de um Twitter cubano supostamente independente, chamado
ZunZuneo, através de uma rede de empresas fantasmas em um programa de ação
encoberta", acrescenta a página digital do Newsweek.
De acordo com a Newsweek, talvez a palavra "estúpido" não seja
suficiente para descrever o projeto Zunzuneo, tendo em conta a agenda dos
planificadores por trás destes projetos da Usaid.
"Não se tratava de ser eficaz", explicou à revista Fulton Armstrong,
um importante ex-funcionário da CIA e da Casa Branca, que trabalhou como
Oficial Nacional de Inteligência para América Latina: "eles sabem que não
vão derrubar o regime. Eles sabem que seus agentes na ilha são em sua maioria oportunistas, e que o
governo cubano tem demonstrado que muitos dos opositores que se beneficiam com
nossa ajuda são na realidade seus agentes."
Redes Sociais financiadas
Tanto o Zunzuneo, quanto o Piramideo, denunciado nesta segunda-feira (7) pelo
governo cubano, foram criados com a intenção de criar uma rede de comunicação
capaz de mobilizar jovens contra a revolução cubana e implantar assim, uma
possível revolução colorida, tal como as que ocorreram no Oriente Médio. Para
isso, as redes coletaram dados dos usuários com a intenção de utilizá-los
posteriormente com fins políticos.
Da Redação do Portal Vermelho, Vanessa Martina Silva, com informações da Prensa Latina
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