Resolução
da conferência da Renamo propõe a divisão do país a partir do rio Save
Conselho
Nacional da Renamo determinou que, devido ao confronto que se arrasta há mais
de um ano, o partido tem legitimidade para dividir o país.
A
terceira conferência Nacional da Renamo, que terminou ontem na cidade da Beira
e que decorreu sem a presença do seu líder, Afonso Dhlakama, concluiu
que a actual situação político-militar que se vive no país legitima a pretensão
desta formação política de dividir o país a partir do rio Save.
Esta
posição consta de uma das resoluções da conferência e vai ao encontro da
intenção já manifestada pelo líder do partido. “O ambiente de coabitação
política entre a Frelimo e a Renamo é politicamente insustentável neste
momento. É dentro deste quadro que, por imperativo de paz, achamos que é melhor
que a Frelimo viva no seu espaço e a Renamo em outro, ficando a Frelimo no sul
do país, a partir do rio Save, e a Renamo no centro e no norte do país”, disse
Maria Inês, membro do Conselho Nacional da Renamo, no momento da leitura da
resolução relativa à actual situação política.
Manuel
Bissopo, secretário-geral desta formação política que encerrou o
Conselho Nacional, também defendeu a divisão do país, caso não se encontre uma
solução aceitável que coloque fim à crise política existente. “O fim aceitável
da tensão político-militar depende do governo. Se o governo da Frelimo
resistir, achando-se dona deste país, em detrimento do sofrimento de milhões e
milhões de moçambicanos que clamam por uma paz e democracia efectivas, a
Renamo decidiu, neste conselho, que fica melhor separarmo-nos, o que
deixará de criar luto no seio das famílias moçambicanas”.
O
Pais (mz)
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