quarta-feira, 25 de junho de 2014

Moçambique: DLHAKAMA AUTORIZADO A DIVIDIR O PAIS




Resolução da conferência da Renamo propõe a divisão do país a partir do rio Save

Conselho Nacional da Renamo determinou que, devido ao confronto que se arrasta há mais de um ano, o partido tem legitimidade para dividir o país.

A terceira conferência Nacional da Renamo, que terminou ontem na cidade da Beira e que decorreu sem a presença do seu líder, Afonso Dhlakama,  concluiu que a actual situação político-militar que se vive no país legitima a pretensão desta formação política de dividir o país a partir do rio Save.

Esta posição consta de uma das resoluções da conferência e vai ao encontro da intenção já manifestada pelo líder do partido. “O ambiente de coabitação política entre a Frelimo e a Renamo é politicamente insustentável neste momento. É dentro deste quadro que, por imperativo de paz, achamos que é melhor que a Frelimo viva no seu espaço e a Renamo em outro, ficando a Frelimo no sul do país, a partir do rio Save, e a Renamo no centro e no norte do país”, disse Maria Inês, membro do Conselho Nacional da Renamo, no momento da leitura da resolução relativa à actual situação política.

Manuel Bissopo, secretário-geral desta  formação política que encerrou o Conselho Nacional, também defendeu a divisão do país, caso não se encontre uma solução aceitável que coloque fim à crise política existente. “O fim aceitável da tensão político-militar depende do governo. Se o governo da Frelimo resistir, achando-se dona deste país, em detrimento do sofrimento de milhões e milhões de moçambicanos que clamam por uma paz e democracia efectivas, a Renamo  decidiu, neste conselho, que fica melhor separarmo-nos, o que deixará de criar luto no seio das famílias moçambicanas”.

O Pais (mz)

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