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O
contingente português - 41 militares são da Força Aérea (FAP) e seis do
Exército - foi (29.06) integrar uma missão de manutenção de paz das Nações Unidas e
ficará sedeado em Bamako. A
capital do Mali integra uma zona de risco delineada pelas autoridades locais,
por fazer fronteira com a Guiné-Conacri, um dos quatro países da África
Ocidental afetados pelo vírus do ébola.
Apesar
de, no último mês, o Mali ter sinalizado vários casos suspeitos de ébola,
nenhum foi confirmado como positivo. Ainda
assim, as autoridades mantêm sob vigilância as fronteiras e, no aeroporto
internacional de Bamako, há medidas de controlo excecionais.
Confrontado
pelo JN com a situação no país e na região, uma fonte oficial do
Estado-Maior-General das Forças Armadas afirmou que "os riscos gerais da
missão foram avaliados. Os militares foram informados e as Forças Armadas estão
preparadas para fazer a evacuação de militares portugueses, em caso de
necessidade".
Médicos
no contingente
O
Estado-Maior-General das Forças Armadas não quis adiantar mais pormenores
relativos à missão, mas o JN sabe que no contingente estão integrados dois
médicos e cinco ou seis enfermeiros, da Força Aérea, para apoio direto ao
destacamento e para enfrentar eventuais riscos sanitários, incluindo o ébola.
De resto, já se encontram no Mali alguns militares portugueses e outros foram
enviados com o intuito de avaliarem também os riscos sanitários.
Ao
que o JN apurou, no âmbito desta missão foram estabelecidos acordos com
estruturas médicas militares da força das Nações Unidas local para assistência,
também em eventuais casos de infeção por ébola. Em caso de necessidade, está
prevista a evacuação de militares para o Senegal ou para Lisboa. O JN tentou,
sem sucesso, obter mais esclarecimentos junto do Ministério da Defesa Nacional.
Ébola
pode infetar 20 mil
A
preocupação da comunidade internacional com o vírus do ébola cresce a cada dia.
Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que já adoeceram 3069
pessoas com o vírus e 1552 morreram. E as previsões são dramáticas: o número de
casos de ébola poderá ultrapassar os 20 mil, admitiu a OMS, que apresentou, em
Genebra, um plano de combate à epidemia nos próximos seis meses.
O
plano passa por "inverter a tendência de novos casos e de novas zonas com
infetados dentro de três meses, de parar a transmissão nas capitais e grandes
cidades portuárias e de parar toda a transmissão residual, dentro de seis a
nove meses", cita a agência AFP. Segundo a OMS, serão necessários 372
milhões de euros para pôr o plano em prática. De acordo com o balanço de ontem, o
ébola já matou metade dos infetados, num total de 1552 óbitos.
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