Na
Tailândia assiste-se a prisões arbitrárias, violação da Constituição por parte
dos três principais poderes, incluindo o judicial, repressão em crescendo dos
opositores e críticos do regime dos militares golpistas ao serviço do rei… Perante este
quadro a comunidade internacional assobia para o lado e até transmite forte
apoio aos ditadores liderados pelo rei antidemocrático que se quer fazer passar
por um deus e nem repara, como o outro, que afinal é um rei nu, despojado dos
valores democráticos e de justiça que devia defender e proporcionar ao seu
povo, ao país onde reina.
Redação
PG
Tailandês
condenado a pena de prisão por comentários antimonárquicos no Facebook
Banguecoque,
04 nov (Lusa) -- Um tribunal da Tailândia condenou hoje um jovem a uma pena de
prisão pelo crime de lesa-majestade por ter publicado comentários considerados
como um insulto à monarquia, informam os 'media' locais.
O
juiz diminuiu a sentença inicial de cinco anos para dois anos e meio depois de
o estudante, de 24 anos, identificado como Akaradej, se ter declarado culpado,
refere o portal Prachatai.
Akaradej
foi detido a 18 de junho na sua residência universitária depois de ter sido
denunciado à polícia pelo titular da conta de Facebook na qual o jovem escreveu
o comentário considerado insultuoso com a assinatura "o tio Dom também ama
o Rei".
Desde
que foi detido o estudante permaneceu na prisão depois de o juiz ter indeferido,
por cinco vezes, o pedido de liberdade condicional sob fiança solicitado pelos
familiares, alegando risco de fuga.
O
artigo 112.º do Código Penal tailandês pune, com até 15 anos de prisão, atos
considerados como de lesa-majestade, que incluem "insultos, difamações ou
ameaças" contra o rei, a rainha, o príncipe herdeiro ou o regente.
Apesar
de o próprio monarca, Bhumibol Adulyadej, ter afirmado, em 2005, que não está
acima da crítica, as denúncias por delitos de lesa-majestade aumentaram nos
últimos anos no país que vive uma profunda divisão política.
O
número de casos disparou ainda mais, com cerca de 30 novos casos, desde que o
exército impôs a lei marcial e tomou o poder em maio num golpe de Estado.
DM
// JCS - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário